segunda-feira, 21 de agosto de 2017

22º Dia - Saindo do Peru para o Brasil

De toda a viagem até agora, a única coisa que ainda não sabíamos era “como sair do Peru para o Brasil”. Tínhamos apenas uma meta: estar em Rio Branco (Acre) nas próximas 24 horas.


Existe um ônibus da Empresa Ormeño que faz o trajeto Lima-São Paulo passando por várias cidades no Peru e Brasil, no entanto, devido a pouca procura, ele só sai uma vez por semana, e o dia que ele passa em Cusco é na sexta-feira. Como estamos numa segunda-feira, a única opção foi sair voando (mas também existem opões de ônibus, são apenas 9 horas de viagem). Pegamos um voo até Puerto Maldonado, pois disseram que de lá é fácil chegar no Brasil. Fomos pela Star Peru, o voo foi tranqüilo e durou 45 minutos.


Com 40 mil habitantes, Puerto Maldonado é a capital do departamento Madre de Dios e é um dos principais núcleos comerciais da Amazônica. Chegamos lá perto de uma hora da tarde e estava fazendo maravilhosos úmidos 27º (nunca achei que pudesse gostar tanto do calor).


Perguntei a moça que dava informações turísticas, como fazia para chegar ao Brasil, ela atenciosamente respondeu que eu fosse de táxi até o Mercado Modelo, pois lá haviam vários transportes que nos levaria até a fronteira.


Para não perder o bom costume, fomos de “tuk-tuk”... No caminho falei para o motorista nosso destino, e ele prontamente respondeu: "um amigo faz esse transporte!" De repente, em alguns minutos estávamos dentro de uma garagem e nossas malas já estavam sendo colocadas em cima de uma van... kkkkk




Pela rapidez e eficácia no processo de “transferência de transportes”, não conseguimos almoçar, então compramos o que havia por perto: ovos de codorna cozido, e ameixas!

A Van estava quase lotada, com homens, mulheres, crianças e até galinha com seus pintinhos... Seguimos viagem ao som peruano com alguns “piu-piu” ao fundo... E o motorista ainda era “dos nossos”, que parava de vez em quando para que pudéssemos comprar algo, como pipoca por exemplo.

A estrada é muito boa e possui alguns pedágios administrados pela Odebrecht.


Ao chegar em Iberia, mudaram-nos de transporte, os motoristas se comunicavam e trocavam nossas malas enquanto a gente simplesmente mudava de Van! Continuamos a viagem!

Ao chegar em Iñapari, o motorista da van tirou nossas malas da parte de cima de seu transporte e já repassou à um taxista peruano, que paciente esperou que fossemos ao setor de migração pra receber nossos carimbos de saída do país.


O taxista peruano, muito atencioso, esperou todos os tramites e nos levou a poucos metros dalí, na alfândega, até outro taxista, dessa vez brasileiro, que nos levaria até Rio Branco. Aí já sabe né? chegamos no Brasil, acabou o preço barato dos trasportes!


Digamos que o taxista que nos recebeu era demasiado "esperto". Começou falando que até Rio Branco o preço era R$ 110,00 por pessoa, mas se lotasse o carro faria por R$ 400,00 (R$ 100,00 por pessoa). Dissemos que não faríamos questão de dividir com outros passageiros... Ele então foi até a praça de Assis Brasil (cidade brasileira que faz fonteira com Iñapari-Peru) tentar encontrar mais dois passageiros... Ficamos esperando por quase uma hora!


Ele então aparece com mais uma pessoa dizendo que ficaria mais caro pois o carro não estava lotado. Na mesma hora, falamos que não tinha problema, procuraríamos outro taxista que quisesse nos levar... Já quase negociando com outro, o primeiro motorista disse que nos levaria pelo preço inicial.

Seguimos viagem e não sei o que era pior: os buracos da pista ou o som tocando música sertaneja. A estrada no lado brasileiro é péssima, os buracos são tão antigos que até possuem grama neles.

Chegamos em Brasiléia umas 20h, a cidade estava vazia e escura. Foi quando o motorista parou e falou: "olha, como não consegui outro passageiro, para levar até Rio Branco ficará mais caro!"

Hãm??? Ficamos boquiabertas! Tantos dias mundo a fora, usando todos os tipos de transportes coletivos e nenhuma decepção. É só pisar no Brasil e vem um "esperto" tomar proveito de duas mulheres no meio da noite.

ATENÇÃO! Não confiem no motorista do carro com a placa abaixo, ele é "esperto" e vai te cobrar outro preço no meio da noite, no meio do nada!



Mas acho que ele não esperava a atitude das paraibanas. Pedimos que nos deixasse ali mesmo, no meio do nada, pois não acreditávamos mais em sua palavra. Arrumaríamos outra forma de chegar em nosso destino. Ele ainda tentou negociar, falou que o outro passageiro iria completar o absurdo que ele estava cobrando (que agora já estava em R$ 130,00 por pessoa)... Mas não tínhamos como confiar nele. Ele foi desonesto e sem palavras, quis se aproveitar da situação para ganhar vantagem. Não cedemos e ele se foi!

Para nossa sorte, um anjo chamado Rauí, que também é taxista, nos levou até Rio Branco, e de quebra ainda fizemos um tour noturno pela cidade Cobija (Bolívia) onde ele buscou uma encomenda.

Chegamos em Rio Branco as 23h sãs, salvas e com sono. Dormimos no Hotel Shalon. Ufa!

Custos:
Táxi até o aeroporto de Cusco: S$ 10,00
Passagem de avião Cusco-Puerto Maldonado: USD: 89,00 (dólares)
Tuk-tuk do aeroporto até a Van: S$ 15,00
Vans até a Iñapari: S$ 25,00
Táxi da divisa até a alfandega: S$
Táxi até Brasiléia: R$ 40,00
Táxi de Brasiléia até Rio Branco: R$ 85,00
Hospedagem no Hotel Shalon: R$ 50,00 (preço por pessoa em quarto duplo)

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