quinta-feira, 17 de agosto de 2017

18º Dia – Nazca (Peru)

Mainha acordou “um pouco” melhor, então, tomamos café e fomos até o centro. Não existe exatamente um transporte público em Nazca, sua ausência é justificada pelo tamanho da cidade. Vários carros pequenos, inclusive “QQ” ficam circulando e buzinando, se você acenar eles te levam a qualquer lugar, e é possível dividir a corrida com outros passageiros. 

Circulamos a Plaza de Armas, onde fica a prefeitura e a Igreja, que mainha não poderia deixar de entrar...




Em seguida, fizemos um passeio até o Cemiterio de Chauchilla, onde as múmias podem ser observadas a céu aberto. Existe um pequeno museu coberto na entrada...



Em virtude do clima seco do deserto, os corpos encontrados aqui permaneceram intocados até o início deste século, quando o local foi invadido por saqueadores que infelizmente fez com que a maioria das pedras preciosas e ouro que haviam nas múmias fossem roubados.


Mesmo assim, as múmias que existem aqui, com seus longos cabelos, enterradas em posição fetal, com seus objetos pessoais e viradas em direção ao sol, tornam-se uma grande atração turística. Eu ache o máximo!






Ao final do passeio, mainha já não estava mais se sentindo bem. Então fomos fazer um tour diferente, dessa vez para o Hospital de Apoyo de Nasca. Entramos pelo setor de emergência e ela foi atendida na mesma hora. Tomou dois soros, alguns antibióticos, fez hemograma e exame de fezes. Tudo pago: desde a consulta, a agulha, o soro, o potinho do exame e os medicamentos... Mas não é caro e eles foram bastante atenciosos com ela.




Não acusou nenhuma bactéria e o hemograma estava todo normal. Saímos de lá com a recomendação de que ela tomasse bastante líquido e comidas leves, nada de frutas e verduras.

Ela ficou no hotel para descansar e eu fui continuar o tour. Dessa vez fui ver as linhas de perto. Nos arredores da Rodovia Panamericana possui boa parte dos desenhos. Através de um mirante erguido por Maria Reiche é possível observar e ter uma noção do tamanho dos desenhos.





O que é mais impressionante, pelo menos pra mim, é que as linhas são desenhadas apenas pela “limpeza” do terreno. Ou seja, tira-se as pedras escuras, deixando o chão limpo (varrido)! Não tem cimento, nem rochas grandes, nem pintura... nada disso! E os desenhos só não se acabam, porque nessa região chove muito pouco, ou quase nada.


Maria Reiche, falecida em 1998, veio da Alemanha nos anos 40 e dedicou toda a sua vida estudando as Linhas de Nasca, no início ela era tida como uma louca, que caminhava sozinha pelo deserto, tomando nota de tudo e fotografando cada detalhe. Pediu abrigo em uma fazenda, para ficar mais próximas das linhas e se dedicar mais. Morreu pobre e sem filhos! Hoje ela é idolatrada por muitos, tem inclusive fotos dela por toda a cidade, em restaurantes, lojas, hotéis... Uma estudiosa austríaca chamada Viktoria Nikitzi acompanhou os últimos anos de vida de Maria Reiche, hoje ela dá sequência ao trabalho, com novas teorias. A mesma é tida como “louca” por alguns. E a história se repete.


No museu Maria Reiche, onde ela morou, está seu túmulo e a exposição de seus estudos.




Conheci também os Geoglifos de Palpa. No meio do nada, também no deserto, um pouco mais distante, esses bem diferentes e nas montanhas, no entanto, com o mesmo mistério de ninguém saber quem os fez.




Retornei para o hotel após o por do sol, mainha já havia comido banana, maçã e laranja... kkkkkk Fomos para o terminal da Cruz Del Sur, mais chick que muitos aeroportos, o ônibus super confortável, saiu as 21h, rumo a Cusco...




E mainha ainda comprou jujubas!


Custos:

Tour até o Cemiterio de Chauchilla: S$: 80,00
Entrada do Cemitério: S$ 8,00
Táxi compartilhado até o Centro: S$ 2,00
Despesas com o Hospital: S$ 90,90
Táxi de volta para o hotel: S$ 5,00
Tour pelas linhas de Nazca e Geoglifos: S$ 100,00
Entrada para o Mirante: S$ 3,00
Entrada no Museu Maria Reiche: S$ 15,00
Passagem Nazca – Cusco em cadeira tipo Cama + jantar + café da manhã: S$ 112,00

Nenhum comentário: