Saímos tranqüila para pegar o ônibus, afinal, ele só iria sair as 10h30. Chegamos na rodoviária as 9h30. Já estávamos com as passagens compradas, compramos no mesmo dia que chegamos em La Paz, e por impulso, compramos no primeiro guichê que tinha o nome “Copacabana”, fato que não aconselho a ninguém, pois só depois foi que vimos que haviam vários outros com melhores horários e acomodações.
Devido ao “transito” e também a um pequeno atraso, o ônibus só saiu da rodoviária umas 11h, e já era mais de meio-dia quando ainda estávamos dentro de La Paz... Enfim as 13h estávamos na estrada. Esse ônibus fez um caminho, creio que “diferente” dos demais, tendo em vista que nenhum outro ônibus de viagem estava nos seguindo. Passamos por subidas e descidas, curvas, com uma vista muito bonita, e de repente o ônibus pára e temos que descer. Chegamos? Não!!! Vamos cruzar o lago....
Todos tivemos que sair do ônibus, pois ele tinha que atravessar o lago em cima de uma balsa de madeira. E os passageiros? Todos meio perdidos, pois cada um falava um idioma diferente, foram seguindo em fila até um barco. Ainda tivemos que pagar 2 bolivianos por pessoa para atravessar.
O barco balançava bastante, o vento era gelado e todos gritavam... Foi emocionante!
dentro do barco |
nosso ônibus ao fundo |
dentro do barco |
nosso ônibus chegando... |
Chegamos vivos do outro lado, na ilha de San Pedro Tiquina, que tinha um mapa na entrada dizendo onde estávamos, mas em lugar nenhum dizia “Copacabana”... Por um momento, ficamos em dúvida se estávamos indo ao lugar certo.
Bem, subimos novamente no ônibus e seguimos viagem... Foram mais duas horas de paisagens como: lagos e montanhas, quase nenhuma casa... Até que chegamos!
A cidade estava CHEIA de carros, vans e até caminhão, uma fileira enorme, cada um mais enfeitado que o outro, era por causa do “Challa”, uma tradição religiosa de Copacabana em benzer os autos. A cerimônia é realizada aos sábados em frente a Catedral. É uma mistura de bendição católica com ritos das antigas tradições incas, com enfeites, confetes, bebidas jogadas em cima dos carros, fogos... Tudo para garantir o sucesso ao dono do carro e sua família.
Fomos primeiro deixar nossas malas no Hostal, ficamos hospedadas no Olas del Titicaca, muito bem localizado, fomos caminhando, nos colocaram no segundo andar sem elevador. O quarto é confortável, possui cobertores grossos e edredom, o banheiro é privativo, no entanto o chuveiro é terrível, sai bem pouquinha água e não é bem aquecida, um sério problema num lugar que chegou a fazer -3 graus a noite.
quarto duplo do Olas del Titicaca |
A Catedral de La Virgen de La Candelaria é enorme, um dos mais exuberantes templos da Bolívia, é visita obrigatória pra quem vem à Copacabana.
Em suas calçadas, uma grande feira com venda de imagens, ao lado uma casa de velas onde pessoas acedem em agradecimento de suas graças e ao fundo um museu.
entrada da casa de velas |
dentro da casa de velas |
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as pessoas fazem desenhos na parede com parafina |
Achei estranho ao ver que estavam sendo vendidas garrafas pet vazias do lado de fora, entendi depois que entrei no salão que possui na lateral da igreja. Uma fila enorme para pegar água benta. Tinha também uma curiosa fonte onde as pessoas faziam seus pedidos e jogavam suas moedas tentando acertar um pequeno balde que a santa segura. São várias tentativas, quase todas sem sucesso, ô pedido difícil!
Almoçamos um peixe frito delicioso chamado Pejerrey, é parecido com os agulhões da nossa terra. O acompanhamento é um pouco diferente: tomates, grãos de milho, batata e banana.
Continuamos caminhando pela cidade vendo o grande comércio...
A noite jantamos no Coffee Shop Copacabana Restaurante, tinha aquecedor e aceitava cartão de crédito (quase nenhum lugar aceita cartão por aqui, que está sendo um desafio para nós que estamos com um saldo limitado devido ao ocorrido em La Paz).
A noite estava fria, 7 º! Mainha comeu uma Thucha e eu Nachos com queijo. Ambos estavam deliciosos!
Caminhamos na noite gélida até chegar no Hostal, onde as cobertas se tornaram nossas melhores amigas.
Custos (valores na moeda boliviana, que para converter para o Real, basta dividir por 2,05):
Passagem de La Paz até Copacabana: B$ 30,00
Taxa do terminal de ônibus: B$ 2,50
Taxa do barco para travessia do lago: B$ 2,00
Almoço (peixe frito): B$ 20,00
Nachos com queijo + taça de vinho: B$ 40,00
Hospedagem no Olas del titicaca: B$ 62,50 (preço por pessoa em quarto duplo)
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