Hoje viajamos para o lado sul, à 90 km de Frankfurt. Saímos as 9h rumo a Heidelberg.
Uma cidade impecavelmente organizada e lotada de turistas e jovens. De sua população, um terço é de estudantes vindos de várias partes do mundo devido a existência da primeira faculdade de medicina da Europa (fundada ali há mais de 800 anos).
Chegando lá, fomos direto para o Castelo que recebe o mesmo nome da cidade “Castelo de Heidelberg”. As ruínas desse castelo estão entre as estruturas mais importantes do Renascimento ao norte dos Alpes.
Existe duas formas de acesso ao castelo: pelas escadas (com 320 degraus) ou de “Bergbahn” (uma espécie de bondinho puxado por cabos e que anda sobre trilhos com bastante inclinação). Adivinha qual fomos?
O tiket para entrar no Castelo custa € 7, não importa a forma que você escolheu para subir.
O local é magnífico, e além de local turístico aberto a visitações, a estrutura também é utilizada para banquetes, bailes, espetáculos teatrais e concertos ao ar livre.
Dentro do castelo possui o museu da farmácia, que apresenta a história da farmacologia ocidental no qual a Alemanha desempenhou um papel bastante importante. Lá pode-se até comprar ervas de chás e outros souvenir.
Em outra parte do castelo, visitamos o maior barril de vinho do mundo (feito de carvalho, e comporta mais de 190 mil litros). Dá uma bela festa heim?
Conta a história que o guardião do imenso barril era um anão italiano chamado “Perkeo” (nome dado devido ao fato de toda vez que o chamavam para tomar vinho ele respondia “Perché no?”), e que ele viveu até seus oitenta anos sem nunca ter bebido outra bebida a não ser vinho. Uma vez doente, um médico lhe deu um copo d’água e ele morreu no dia seguinte!
Depois de visitar o castelo, descemos para a cidade velha, que vale a pena perder ganhar algumas horas caminhando por lá.
Existem muitas lojinhas, restaurantes e bares e é um bom lugar para se fazer refeições. Almoçamos pato com molho de amendoim acompanhado de um arroz muito gostoso que vem bem grudadinho. Foi num restaurante asiático do Vietnam chamado “Saigon”
Devido à sua posição estratégica, Heidelberg foi ao longo dos séculos diversas vezes atingida por conflitos, disputas políticas e religiosas, principalmente entre França e Alemanha. Por mais que isto hoje em dia parece um sacrilégio, a cidade chegou ao ponto de ser totalmente destruída. Como grande parte de suas construções eram de madeira, quase nada restou dos prédios autênticos da época. O único que sobreviveu às guerras religiosas foi o prédio do Hotel Ritter, situado num dos pontos mais nobres da cidade, quase em frente à Catedral.
Curiosidade: O hotel, apesar de ser considerado de luxo, não possui ar condicionado (a maioria dos hotéis por aqui não possui)
Visitamos também, duas Igrejas do Espírito Santo (uma Luterana e outra Jesuíta)
A Igreja do Espírito Santo foi construída entre 1344 e 1441, mas a sua torre só foi concluída em 1544. Foi o local de sepultamento de 55 Príncipes eleitores e acolheu a famosa Biblioteca Palatina até 1623. Pós 1816 ao longo dos séculos seguintes Durante os séculos seguintes, a igreja alterou com frequência a sua denominação religiosa e foi usada em épocas diferentes por católicos bem como protestantes. Atualmente esta igreja é protestante.
A Igreja Jesuíta foi construída em dois períodos diferentes. O primeiro entre Abril de 1712 e 1723, durante o qual foi construída a capela-mor, e a primeira travessa adjacente da nave. O exterior e as fachadas foram concluídas durante o segundo período de construção, que começou em 1749. A torre da igreja, que foi construída pelo mestre-construtor do arcebispo Friedrich Federle, foi adicionada mais tarde (1866 – 1872). O interior barroco original não foi preservado. A única peça que persiste é a pintura do altar central, criado por Andreas Müller, um estudante de Kaulbach. O túmulo do príncipe eleitor Friedrich, o Vitorioso está localizado no canto nordeste da igreja.
Conhecemos a “Alte Brücke” (ponte velha), que foi construída no século XVIII. Antes dessa, lá em 1284, já existia uma ponte de madeira e constantemente era destruída por inundações. Só que em 1945, devida a Segunda Guerra Mundial, os soldados alemães a explodiram para impedir o avanço das tropas aliadas. Ela começou a ser reconstruída em 1946 e levou um ano para ficar pronta.
No meio da ponte existe um cadeado e uma placa escrita “Beijo de Estudante Sissi & Hans 04.06.1857”, mas não encontrei em lugar nenhum o significado, nem quem eram essas pessoas.
Na cabeceira da ponte está a estátua Brückenaffe (macaco da ponte). Ela é uma escultura de bronze que foi inaugurada em 1979. Na idade média, o macaco era considerado pela simbologia cristã um símbolo de feiura, falta de vergonha e vaidade. Suas costas simbolizam a feiura. Diz que este macaco realmente existiu e que, de tão esperto, ficava ao lado da ponte, segurando um espelho e dando as boas vindas aos viajantes. E tem uma razão para isso, dizem que se você tocar no espelho que há na escultura, lhe trará riqueza; se você tocar nos dedos do macaco, lhe dará o direito de voltar a Heidelberg; e se tocar nas esculturas dos ratinhos que estão junto ao do macaco, lhe trará fertilidade.
Dentro da cidade também encontramos “tropeços da memória” com o nome de mais 4 judeus que foram vítimas da Alemanha nazista. Muito triste esse fato.
Encerramos o dia com as meninas saboreando sorvetes italianos em formato de rosas.
Voltamos para o hotel, tão cansadas que compramos pão e café na estação e fomos dormir.
PS. O calor tá tanto que estamos com TODAS as janelas abertas e eu não paro de transpirar (aqui onde estamos hospedadas, não possui aparelho de ar condicionado)
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