Auschwitz é o nome pelo qual ficou conhecida a cidade a 75km a oeste de Cracóvia. Os poloneses, no entanto, preferem (e muito) chamá-la por seu nome original, Oswiecim, aparentemente menos pesado.
Depois de assistir vários filmes e documentários sobre a Segunda Guerra Mundial, não tem como não se emocionar ao ver a dimensão do maior campo de concentração nazista.
Para chegar lá, fomos de bonde até a rodoviária da Cracóvia, que fica ao lado da estação ferroviária. Com o crachá de peregrino não pagamos o bonde. Era 12h30 quando pegamos o ônibus para Oswiecim (que sai a cada meia-hora e custa 14zl). Trocamos o dinheiro na casa de câmbio que fica dentro do shopping ao lado da estação (€ 1 = 4,30zl).
A viagem durou uma hora e meia e o ônibus para na frente do museu (antigo campo de concentração Auschwitz I). A entrada é gratuita, mas deve ser reservada pela internet, caso contrário pode aguardar em uma fila para entrar. Não é permitido entrar com mochilas ou bolsas maiores de 30 cm, mas alguns restaurantes próximos disponibilizam espaços para que você possa guardar (custo = 5zl).
Aqui foram mortos mais de 1 milhão de pessoas de 27 nacionalidades diferentes, 90% judeus. Com a finalidade inicial de abrigar presos políticos poloneses, o local logo virou um verdadeiro campo de genocídio. Atualmente, é um grande museu a céu aberto, com o intuito de evitar que a barbárie ocorrida aqui seja esquecida.
Já na entrada, uma grande mentira: Arbeit Macht Frei (O trabalho liberta).
Parece uma cidade, com vários prédios que mostram como era a vida diária dos presos. Devido ao grande número de visitantes, as áreas que mostram os locais onde eles dormiam com travesseiros e colchões feitos com cabelos dos que eram mortos, bem como a infinidade de sapatos, malas e artigos pessoais não estavam acessíveis.
Precisa estar emocionalmente preparado para visitar, pois é impossível não se sensibilizar com tudo que vemos. Vi pessoas passando mal e muitos chorando, principalmente ao passar pela câmara de gás ainda preservada...
Precisa estar emocionalmente preparado para visitar, pois é impossível não se sensibilizar com tudo que vemos. Vi pessoas passando mal e muitos chorando, principalmente ao passar pela câmara de gás ainda preservada...
A 3km de Aushwitz possui sua extensão, o Birkenau, também conhecido como Auschwitz II. Para ir até lá, existe um micro-ônibus que parte a cada hora, mas não trás de volta. Minha mãe estava muito emocionada e não quis ir ao segundo campo.
Inacreditavelmente maior que Auschwitz I, o campo onde havia 300 barracas e quatro grandes câmaras de gás, podia abrigar 200 mil presos ao mesmo tempo. Muito foi destruído para tentar esconder o que acontecia, no entanto, com a imensidão do local e as construções que restaram, nos faz perceber e imaginar o horror que era.
Caminhando mais ao final, encontramos monumentos aos mortos.
Triste, mas não pode deixar de ser visitado.
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Grandes informações retiradas do livro: Guia Criativo para o viajante independente – Europa Oriental (Zizo Asnis & Os Viajantes)
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