Praga é a grande metrópole do Leste Europeu. Se não tanto pelo tamanho (1,3 milhão de habitantes), se destaca por suas características econômicas, seu engajamento político, sua riqueza histórica e artística, e sua vibrante vida cultural. Felizmente, Praga não foi destruída com a Segunda Guerra Mundial, reinando majestosamente intacta e vibrante.
Fizemos um tour guiado pela cidade. O nosso guia de turismo se chama Igor, e é um tcheco muito simpático e inteligente. Andou conosco pelas ruas da Cidade Velha e outros pontos contando cada detalhe.
Conhecemos o atual bairro Judaico, que é hoje um dos conjuntos de prédios e monumentos judaicos mais bem preservados da Europa. Ainda que tenha sido invadida pela Alemanha nazista, a República Tcheca não teve uma participação tão expressiva na Segunda Guerra, por isso a preservação de suas edificações.
Passamos pela mais antiga Sinagoga da Europa ainda em funcionamento, datada do final do século 13 e a principal sinagoga utilizada pela comunidade judaica da cidade.
Caminhamos até o coração da cidade, na “Staromestské námesti”, que é uma praça cercada por belas igrejas e casa seculares. Foi declarada Patrimônio Cultural da Unesco em 1992.
No meio da praça fica o “Jan Hus Monument”, construído em 1915 em homenagem aos 500 anos da morte do líder religioso Jan Hus, acusado de heresia e queimado pela Igreja Católica.
No meio da praça possui uma linha no chão, para que após alguns goles de bebidas servisse para medir o teor alcoólico. Se não conseguir andar por ela, já bebeu demais!
No meio da praça possui uma linha no chão, para que após alguns goles de bebidas servisse para medir o teor alcoólico. Se não conseguir andar por ela, já bebeu demais!
Um dos pontos mais fotografados é a “Staromestské Radnice” que é a antiga prefeitura, célebre por sua torre com o relógio astronômico, local que aglomera uma grande quantidade de turistas a cada hora para admirar os doze apóstolos que surgem como cuco.
Reza a lenda que o relógio foi projetado e construído pelo mestre relojoeiro Hanus, mas para impedir que ele fizesse mais artefatos desse tipo em outras lugares, as autoridades da cidade teriam contratado mercenários que capturaram-no e o cegaram.
Caminhamos pela bela cidade velha até chegar numa das atrações que talvez seja a mais conhecida de Praga, a “Karluv Most” ou Ponte Carlos em Português. Construída em 1357, nela reúnem-se pintores, músicos e vendedores ambulantes.
Gente, agora eu sei o porquê de quando algum lugar está empestado, dão o nome de praga. Essa cidade vive empestada de gente! Por todo canto que andamos tem gente aglomerada... E não é só por causa da JMJ não, disseram que Praga é sempre assim!
Nos identificamos com bonés amarelos e penduramos echarpes com cores brasileiras nas nossas mochilas, para não nos perdermos...
Nos identificamos com bonés amarelos e penduramos echarpes com cores brasileiras nas nossas mochilas, para não nos perdermos...
A ponte possui 515m de comprimento e 10m de largura sustentada por 16 arcos. Nas extremidades possui torres fortificadas e 30 esculturas diferentes de santos por todo seu percurso. Uma delas é a de São João, que quando tocada, reza a lenda, garante boa sorte. Não consegui nem chegar perto de tanta gente que tinha...
Atravessando a ponte, caminhamos rumo a Igreja que possui o Menino Jesus de Praga (a mesma na qual assistimos a Missa ontem), passamos em frente ao Museu Nacional (Národní Muzeum), que abriga coleções de história, artes, mineralogia, zoologia e paleontologia, além de uma exposição sobre os feitos esportivos do país. Infelizmente ele estará fechado para reforma até 2018.
Descemos a rua pegamos entramos no bonde para ir ao Distrito do Castelo (€ 1).
Hradcany é um complexo de 45 hectares com palácio, igrejas, torres, museus, pátios, jardins, ruas e casas históricas, localizados no topo da cidade e facilmente admirado (na verdade, o complexo em si é o Castelo).
Hoje é o centro do poder político tcheco e a residência do presidente. De hora em hora ocorre a troca da guarda. O acesso é livre e ainda podemos tirar fotos com os guardinhas que não podem rir.
A Catedral de São Vito (Katedrála Sv. Víta) está dentro do complexo, ela demorou quase 600 anos para ser concluída, passando pela mão de vários arquitetos e servindo a diferentes ordens religiosas. Com 124m de comprimento e uma torre com 100m de altura, é uma obra prima de se observar.
Descendo a rua lateral do castelo, chegamos à Igreja de São Nicolau (Chám Sv. Mikuláse), construída em 1756 e já foi palco para apresentação de Mozart.
Curiosidade: Praga tem em sua maioria ateus, e é muito difícil encontrar igrejas que estejam havendo alguma celebração de Missa por aqui, as igrejas são muito utilizadas para apresentação de concertos ou abertas a visitação (cobradas) como se fossem museus.
Continuamos por conta própria, caminhando pelo centro, admirando a arquitetura dos prédios e entrando nas lojas e lanchonetes...
Entramos no Museu de Instrumentos de Torturas Medievais (Museum of Medieval Torture Instruments), que apresenta dezenas de equipamentos projetados exclusivamente para causar dor. De cintos de castidade a sarcófagos com ilustrações e textos explicativos. Minha prima e minha mão não se sentiram bem no ambiente.
Entre as estreitas ruas encontramos uma feira livre, e para minha alegria havia uma fartura de frutas que não encontramos no nordeste (amora, framboesa, cereja fresca, mirtilo...).
Não sei o que aconteceu comigo, mas essas frutas, principalmente a cereja, me causou algum tipo de reação alérgica e eu fiquei sem voz por mais de um dia. Acho que foi o excesso...
Paramos para que minha mãe pudesse receber uma bela massagem tailandesa nos pés...
Entramos numa loja de cristais da Boêmia (que são os artigos locais mais procurados por aqui), tomamos um chá servido por um tcheco lindo (recebemos um voucher que dá direito a usar o banheiro e tomar um chá) e voltamos a caminhar...
Seguimos pela “orla” do rio, observando cada detalhe dessa cidade linda e cheia de gente. Passamos na frente da Casa que Dança (Tancící dum), que é um inusitado prédio que parece estar se movimentando, ou, para os mais catastróficos, desabando.
Chegamos no hotel as 20h e o jantar já estava servido! Estávamos tão exaustas que nem saímos a noite.
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