Se você nasceu entre os anos 1980 e 2000 (como eu), o programa do Chaves foi uma importante parte da sua infância.
O seriado mexicano “El Chavo del Ocho”, vulgo “Chaves”, foi estrondosamente popular no Brasil, mais até do que aqui no México...
Eu sempre gostei de assistir e nunca me cansei de ver as piadas repetidas e o humor tosco, e acho que isso é quase um consenso entre todos os brasileiros, pois TODO brasileiro dessa época é apaixonado pelo Chaves, CERTEZA! E vir para o México é impossível não lembrar da série que fez (e ainda faz) tanto sucesso no Brasil.
Apesar do último episódio ter sido gravado há mais de 30 anos, a série seguiu sendo exibida em cerca de 20 países ao redor do mundo e o programa do Chaves alcançou milhões de espectadores.
Roberto Gómez Fernández, filho de Roberto Bolaños ("Chesperito": criador e personagem do Chaves) abriu aqui na zona norte da Cidade do México um local de entretenimento familiar com o tema de Chaves e Chapolin.
Quando eu fiquei sabendo que existia esse lugar, CLARO que quis conhecer...
Fui com Sebastián, primo de Javier... Tivemos que pegar dois metrôs e um ônibus + um pouco de caminhada até chegar na Plaza Satélite, onde está no estacionamento do shopping o tão incrível "Chanfle y Recontrachanfle".
eu e Sebastián |
A expressão "chanfle!" Foi muito usada por Bolaños em seus programas e ficou marcada na memória mexicana. Era comum o comediante integrar essa palavra em seus roteiros e foi muito usada na produção de maior sucesso: Chapolin Colorado.
Na versão brasileira de Chaves e Chapolin, o dublador na maioria das vezes, utilizava "puxa!" em seu lugar, embora também tenha utilizado "minha nossa" e "caramba".
Enfim! Chegamos no lugar!
Assim que você entra, a primeira coisa que vê é uma representação idêntica a Vila do Chaves.
Eu não podia conter a emoção de estar dentro do cenário de um programa de televisão que eu vi tanto e por tantos anos, parecia uma criança que acabou de entrar na Disney.
O local é dividido em 4 espaços além da réplica da vila: um restaurante de comida mexicana, uma loja com lembrançasdos personagens, uma praça de alimentação com barracas de comidas, bebidas, doces... e um espaço de jogos eletrônicos (assim como o GameStation).
Fomos pro restaurante e CLARO que tinha tudo da série lá, desde o famoso sanduíche de presunto, o suco de tamarindo que parece de jamaica e tem gosto de limão (PS. jamaica é ibisco), até os churros de dona Florinda.
Sebastián e eu |
TUDO muito gostoso e com um atendimento pra lá de especial. E as fotos nas paredes são lindas...
CURIOSIDADE:
Apesar de conhecermos como Chaves, que também é o título da série no Brasil, o personagem não tem nada a ver com uma chave. Em espanhol o nome é “El Chavo del Ocho”, ou seja, o menino do oito. ‘Chavo’ quer dizer menino.
Reza a lenda que o personagem foi chamado de "menino do oito" pelo local onde morava anteriormente. Ele era um órfão que depois de abandonado em uma creche foi adotado por uma senhora idosa. O apartamento dela era na vila onde a série se passa, era o de número 8. No entanto, quando a senhora faleceu, o menino ficou sem casa e passou a morar na vizinhança, sendo cuidado por seus vizinhos, que deram o barril para que ele se escondesse.
Interessante não?!
***
E como o dia foi dedicado ao Chaves, fomos também até o "Panteon Frances de Lá Piedade", cemitério onde está enterrado Roberto Bolaños, que faleceu em 2014.
Para visitar o túmulo do "Chesperito" é necessário uma autorização da diretoria do cemitério, e não é permitido nem fotos nem vídeos.
O cemitério é chick e muito bonito, um dos mais bonitos que já visitei (e olha que já visitei muitos cemitérios). O túmulo dele era o único com flores e o mais interessante é que disseram que quem mais o visita somos nós, brasileiros, a própria família faz anos que nem aparece lá. Nem se quer no dia de mortos.
Tem uma grande foto dele no túmulo e eu fiquei extremamente emocionada ao ver, não pude nem conter minhas lágrimas que insistiam em cair...
Foi realmente um dia muito especial.
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