Gosto de observar o comportamento das pessoas em geral, sejam elas conhecidas ou não. Analiso as atitudes e critico-as em pensamento. Comparo os fatos à minha forma de agir. Tento entendê-los.
Na inquietude dos pensamentos, adquiro novas opiniões.
O ser humano nasce naturalmente egoísta, necessitando ser educado ainda quando criança até mesmo para dividir seus brinquedos. Frases como: empreste a bola à seu irmão e brinque com ele!, são comuns dos pais. Mesmo assim, ainda existem aqueles que crescem sem conseguir desprender-se, dividir, doar...
Algumas pessoas fazem “das tripas coração” para ajudar o próximo, outros dividem o que tem, há aqueles que oferecem o que está sobrando, e ainda tem os que nem ajudam e nem se incomodam.
O principal problema que tenho observado ultimamente, não é o fato da atitude em si, mas a expectativa gerada por essa atitude, causando posteriormente uma decepção. É a falsa ideia da troca de favores.
ADORO ajudar os outros, e em momento algum exijo retorno, faço quando posso, e porque gosto. No entanto, eu evito precisar de alguém, desde uma simples carona, até uma necessidade maior. Não é orgulho, é simplesmente por que não me sinto bem em incomodar alguém com algo que eu possa resolver de outra forma. É de mim!
Recentemente, tenho presenciado diversas inimizades causadas por falta de reconhecimento de favores. Vejo demasiadamente pessoas que “exigem” um favor pelo simples fato de já tê-lo feito antes. Tem sido comum! Escuto queixas, lamentos e decepções de pessoas próximas, relacionadas a outras pessoas, apenas porque em algum momento o interesse principal não foi atingido: um outro favor como forma de agradecimento.
Meu pensamento é o seguinte: Se você só está ajudando alguém porque possui um interesse intrínseco, não ajude!
Passei minha infância no sertão, em uma cidadezinha de interior. Lá, quando recebíamos alguma visita, saíamos de nossos confortáveis quartos e nos aglomerávamos em um único cômodo para que eles ficassem bem acomodados. Fato que achei bastante estranho ao vir morar na “capital”, aqui, continuamos em nosso conforto, enquanto é disponibilizado às visitas um simples colchonete, na sala mesmo.
Não acho que devemos ajudar/agradar alguém em busca de reconhecimento, assim não seria uma ajuda de coração, seria um simples interesse.
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“...Quem pode comprar?
Quem pode pagar
Pra ter um amigo?
Não dá pra medir
Nem pra mensurar
Qual o valor de um amigo...”
(O Valor de um amigo – Ana Paula Valadão)
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