segunda-feira, 29 de março de 2021

Quero ser uma fumante fake

Eu queria que todo mundo pudesse ter a liberdade que eu tenho.

Eu queria que todo mundo pudesse ter o dinheiro que todos acham que tenho.

Eu queria que todo mundo pudesse viver a vida que almeja sem repressões. 

Queria não, eu QUERO!

***

Quando eu comecei a escrever nesse blog, eu não esperava que um dia ele fosse se tornar um canal de divulgação, ou que chegaria a ter tantos leitores. Eu apenas comecei a escrever como forma de desabafo pessoal acompanhado sempre de uma mensagem... Eu estava passando por uma fase de mudanças na minha vida, e sempre gostei de registrar cada evolução. 

Quando leio alguns textos que escrevi anos atrás, eu vejo o quanto amadureci. Inclusive, como minha forma de pensar e de viver passou por várias "mutações", E QUE BOM!

Vejo o quanto eu me importava com determinadas opiniões e padrões, o quanto eu trabalhava, estudava e me divertia. Apesar de não estar mais trabalhando e já ter concluído meus estudos, eu continuo me divertindo e aprendendo cada vez mais com a vida.

HOJE eu vivo um dia de cada vez... Digamos que estou na melhor fase! Nesse meu trajeto solitário estou conhecendo não só outras pessoas, estou ME CONHECENDO. E cada dia que passa eu me surpreendo mais comigo e com os outros.

Por estar mais conectada com minhas vontades, e aberta ao que o mundo me oferece, acabo me impressionando quando encontro "em dias atuais" pessoas com pensamentos tão ultrapassados, machistas e preconceituosos.

Ou quando vejo que ainda existe pássaros presos em uma gaiola sem portinha... E mesmo assim não conseguem voar...

Conhecendo pessoas de outros países, eu percebo que os costumes familiares deles, que por vezes nos aparentam ser "frios", na verdade isso os libertam. E nossa cultura em que damos muita satisfação à família, faz com que não consigamos ser quem gostaríamos que fôssemos. Eu mesma deixei de fazer muita coisa quando era mais nova para não ser repreendida pelos meus pais... Ter tatuagens, piercings e namorar gays para minha mãe era uma coisa abominável, HOJE ela me aceita como sou (não aceita a situação,  mas me aceita! meio que por falta de escolha... rsrsrs). E assim posso viver!

Ainda encontro pessoas reprimidas que queriam ter a liberdade de fazer o que quisessem, mas preferem viver atrás de uma máscara imposta pela sociedade e ser aceita pela própria família. Isso é tão triste!

Mas eu não estou "totalmente livre", por algumas vezes eu desejo ser uma fumante. Não para fumar um cigarro, mas para ter a desculpa de sair da mesa ou de uma roda de conversas quando o assunto é ruim... um fumante simplesmente segura um cigarro e sai, vai para algum lugar tranquilo e aprecia a vista. Ninguém pergunta porque ele saiu, ninguém recrimina... Mas se você simplesmente levantar porque não quer ouvir ou discutir determinados assuntos, logo vão te questionar. Será que devo andar com uma carteira de cigarros na bolsa?

Não sou obrigada a concordar com qualquer tipo de opinião,  assim como não obrigo ninguém a seguir meus passos... E nem todo mundo está aberto a um diálogo com divergências. 

Quando eu estava no Piauí, mandei imprimir alguns cartões de visitas com o endereço do meu blog e meu WhatsApp. Foi a forma mais prática que encontrei para trabalhar a "divulgação" dos lugares que estou visitando, bem como compartilhar as fotos e dicas com os viajantes que encontro pelo caminho.

Mas teve um caso específico que achei um tanto quanto curioso. Um rapaz que recebeu meu cartão de visitas me enviou uma mensagem pelo whatsApp dizendo que estava "apaixonado"... depois começou a falar que queria pagar um drink pra mim... que queria me ver... me mandou fotos de carros e de piscinas... e de repente pediu que eu enviasse fotos à ele. Bloqueei!

Eu já estava sem paciência de ler tanto erro de português, além da falta de conteúdo nos textos. Enfim, pra que perder meu tempo com isso? E num é que mesmo depois de bloqueado, ele ainda enviou mensagen de texto!?

Nem imagino o que ele quis dizer com "se relacionar com esse tipo de gente", de quem será que ele estava falando? Será que dele mesmo? O melhor de tudo foi desejar que eu fosse "mais madura" kkkkkkkk

Sinceramente? Estou postando o fato aqui porque achei muito cômico, mas uma pessoa desse nipe nem merece ibope.

Mudando totalmente de assunto... Na minha folga dessa semana eu viajei para o interior do Maranhão,  fui para o povoado Boa Vista dos Pinhos localizado no município de Presidente Juscelino. Minha primeira parada, claro, foi no cemitério.



A cidade é beeeeem pequena e não tem muita opção, mas os açudes do povoado com águas transparentes e quente são bem legais.




Fui recebida pela maravilhosa família da Mariana, que me acolheu muito bem. Conheci alguns de seus amigos de infância e ainda voltei com um saco cheio de farinha de mandioca com coco (delícia).

Dona Marinalva, Cecília,  eu, Mariana e Vera.

Cecília sendo modelo

Cecília sendo criança

Mariana, Cecília, Gilson e eu

com os pais de Mariana: Sr. Nonato e Dona Marinalva

Foi uma visita rápida, mas valeu cada minuto... E meu carro também passeou no rio.


Na volta, ainda parei numa cidade chamada Rosário e comprei uma mini caixinha de som. Ela é perfeita e cabe até no bolso. AMEI!


Enfim... escrevi, escrevi... desabafei um monte de coisas... agora posso ir dormir, sem precisar fumar.

Mariana e eu "sendo modelos"

sábado, 27 de março de 2021

Conhecendo o verdadeiro Maranhão

Após 20 dias em Barreirinhas,  digamos que eu já conheci um pouco "do Maranhão"...

Tive experiências únicas... Comi um peixe assado na brasa feito pelo Anderson, acompanhado com juçara e farinha grolada. Juçara é uma fruta que dá na palmeira e é MUITO parecida com o açaí (tamanho, cor e textura). Então,  aqui no Maranhão,  o açaí é juçara.

juçara, farinha e peixe

Comi melancia amarela mas não gostei muito, lembra a melancia vermelha que já conhecemos, porém, essa eu achei um pouco mais "aguada".

melancia amarela

Bebi o famoso guaraná Jesus, que apesar do nome ser "guaraná", pouco tem dessa fruta em sua fórmula. Jesus é um refrigerante cor de rosa com sabor adocicado que lembra tutti-frutti. A fórmula dele foi criada por um farmacêutico chamado Jesus Norberto Gomes. Assim como a coca-cola, ele foi inicialmente fabricado para ser um xarope, mas a tentativa frustada de fazer o remédio o transformou em refrigerante. Ficou tão famoso, que chegou a ser o refrigerante mais vendido em um único estado, ganhando inclusive da coca-cola, que ao saber disso comprou a marca.

Guaraná Jesus


Tomei banho de rio em águas cristalinas, bebendo Smirnoff Ice e conversando sobre tudo. O tempo passou que nem sentimos!


Camila, Carlos, Juliana, Well e eu

Comi um dos melhores churrascos da minha vida na beira do rio no Balneário São Roque.  Estava na companhia de pessoas incríveis que me receberam como se fosse da família.

eu, Pedro e Mariana

Cíntia, Mariana, Pedro, eu e Pedro Filho

Tive várias noites de drinks e conversas com pessoas legais...

eu, Well, Patrícia,  Roseli, Juliana e Carlos

Roseli, Camila, eu, Juliana e Patrícia

Eu, Vivian, Leiliane, Michel, Well, Bianca, Carol e Patrick


eu, Bianca e Vanussa

Dancei no melhor Pub de Barreirinhas. O PUB 212 tem uma decoração muito legal, vende Smirnoff Ice gelada, toca todos os estilos de músicas que você imaginar e ainda possui um atendimento maravilhoso da dona Ilce e Sr. Otávio.

o Pub mais animado de Barreirinhas

Well, Sara, Eduardo, Charles e eu

Comi bolo feito com recheio de bacuri no aniversário do Del.

Enfim, tive momentos incríveis, mas ainda não saí do Maranhão. Segui para São Luís (capital do estado). Fomos 4 pessoas compartilhando o carro: Denilson, Michel, eu e Allen.


Michel, Allen, Denilson e eu

A viagem foi muito divertida, ouvimos músicas "das antigas".


Paramos em Morros para um lanche típico, a cidade é bem charmosa e oferece várias opções da juçara,  o interessante é que a polpa não vem congelada como costumamos encontrar no resto do Brasil, aqui ela vem apenas resfriada (em sacos ou numa jarra). Dessa vez comi com camarão, mas o danado estava tão salgado que eu e Michel preferimos colocar açúcar e uma farinha branca feito com goma de mandioca. O Allen preferiu com sorvete. Já o Denilson comeu como um legítimo "caiçara", com farinha e camarão misturados.

Igreja NS Aparecida


não tinha o nome dessa igreja





polpa de juçara





Chegamos em São Luís,  onde Allen finalmente pode ter acesso a um banco 24h (pois em Barreirinhas não tem).


Chove bastante em São Luís e a maioria dos lugares estão fechados devido ao decreto de isolamento.  Então,  a curtição "por enquanto" está sendo dentro do próprio hostel.

Conrrado, Michel, Allen e eu

brigadeiro especial (brisadeiro)


Allen e Michel foram embora hoje, cada um seguiu um rumo diferente e farão muita falta... Esses últimos dias foram muito divertidos... Boa viagem amigos, nos veremos novamente, seja em São Paulo, Minas Gerais ou no México.

Michel, Joana, Allen e eu