Passamos a noite navegando pelo Nilo até a cidade de Edfu, e às 6h da manhã já estávamos prontos para o próximo tour, dessa vez uma visita ao Templo de Hórus, um dos mais bem preservados do Egito. A temperatura estava agradável, 21 graus, e isso ajudou para que o local estivesse absolutamente lotado de turistas. O verdadeiro desafio não foi admirar as ruínas, mas sim conseguir entrar nelas! O caos era tanto que chegar perto da famosa estátua do deus Hórus foi uma missão digna de um faraó guerreiro.
![]() |
Estátua do Deus Horus |
O templo é um verdadeiro livro de história esculpido na pedra. Cada parede, cada coluna, cada detalhe está coberto por gravuras e hieróglifos que contam as histórias épicas daquela época, um registro milenar que sobreviveu ao tempo e nos transporta diretamente para o passado glorioso do Egito Antigo.
No entanto, ao sair do templo, a magia do lugar logo se dissipa. Os vendedores ambulantes são simplesmente insuportáveis, cercando os turistas com uma insistência absurda. Bastava um olhar de relance para algum objeto que imediatamente começava um festival de "1 Euro, 1 Euro", seguido de uma perseguição digna de um filme de ação. Tinha até coisas que queríamos comprar, e o preço realmente é barato, mas a forma abordagem deles nos faz desistir de qualquer negócio.
Edfu, como cidade, é um contraste brutal com a grandiosidade de seu templo. Suja, pobre e visivelmente abandonada, é triste pensar no que o Egito já foi e no que se tornou. Um lugar que, há milênios, era o coração da civilização, hoje se vê deteriorado, desorganizado e, em muitos aspectos, esquecido pelo tempo. Como um país que já foi referência em ciência, arquitetura e cultura pode ter chegado a esse ponto? Uma reflexão inevitável diante de tanta decadência.
Às 8h, já estávamos de volta ao navio, prontos para passar o dia navegando pelo Nilo até Luxor, onde novas aventuras nos aguardam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário