segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Te extrañé

Nenhuma mágoa merece ser maior do que o amor... E que bom que isso não aconteceu conosco.

Sim, sinto falta de você e de tudo que vivemos juntos. Sinto falta dos nossos planos que agora estou traçando sozinha. Sinto falta até de vê-lo comendo frango com as mãos...

Mas estou muito feliz em encerrar o ano sem mágoas e com o coração livre.

Obrigada pelas palavras no Natal.

domingo, 25 de dezembro de 2022

A facilidade de entrar em Portugal

Gente, de todos os países que já visitei, Portugal foi o que tive a entrada mais tranquila.


Começou por minhas malas que estavam 400g acima do peso (cada uma), e eu ainda consegui despachar as duas, mesmo tendo contratado apenas 1 bagagem de porão.

Já na migração, o belo rapaz português que me atendeu só perguntou o que eu vim fazer em Portugal, e quando falei que ia visitar minha irmã, ele apenas carimbou meu passaporte e me deixou passar sem pedir nenhum outro documento. Foi maravilhoso!


Fiquei muito feliz em poder ter trazido algumas coisas para minha irmã como:

- 1 bule
- 1 frigideira para fazer tapioca
- 2 panelas com tampa, sendo uma delas reversível para cuscuzeira
- 3 kg de farinha de cuscuz (CLARO)
- 1 escorredor de macarrão
- 1 jogo de talheres
- faca, concha, colher de pau, pincel de silicone...
- vários potes plásticos vulgo tuppewares
- 1 pipoqueira elétrica
- 1 balde para pipoca
- Jogos americanos
- descanso de panela
- algumas toalhinhas para móvel/centro/mesa
- vários panos de prato
- alguns panos de chão
- 10 cabides
- alguns brinquedos
- 1 lençol capa para colchão
- 3 cobertores
- 1 travesseiro
- toalha de banho, de rosto e de piso
- 3 caixas de incensos
- shampoo/condicionador/sabonetes
- 2 saboneteiras
- 1 bolsa para pet
- 1 bolsa grande
- 2 pacotes de biscoitos para cachorro
- E por fim: minhas roupas!

sábado, 24 de dezembro de 2022

É natal, e eu vou pra Portugal!

Eu acho que eu nunca fiz tanta coisa em tão pouco tempo.

Voltei para João Pessoa em outubro com a intenção de passar 6 meses organizando minha vida para seguir viagem novamente em abril (pois já tenho passagem comprada para esse período)

Meu objetivo era organizar tudo e seguir "de vez", considerando que não comprei passagem de volta. Por isso queria ir sem preocupações ou nada que me fizesse "ter que voltar".

Vim determinada a fazer um check-up geral de saúde, desapegar das minhas coisas, talvez fazer algum trabalho freelancer, juntar dinheiro, alugar meu apartamento e seguir.

Em seis meses eu poderia fazer tudo isso com calma, mas minha ida a Portugal fez com que meu tempo fosse reduzido e eu tive que acelerar o processo de tudo em apenas dois meses, incluindo algumas viagens e contratempos pelo caminho... 

Encontrei meu apartamento um pouco danificado por mal uso e com algumas infiltrações, fato que me deixou bastante desgostosa e sem vontade nenhuma de ficar dentro dele, o que me ajudou a desapegar mais rápido ainda das minhas coisas.

Passei quase 2 semanas em Pombal, na casa da minha irmã, onde pude relaxar e também resolver alguns assuntos burocráticos de documentação.

Viajei em uma caminhão-casa durante 10 dias pelo litoral nordestino e pude ter a experiência de saber como é viver em um motorhome, fato que me deu mais vontade ainda de adquirir um e morar nele.

Vendi e doei quase tudo que eu tinha, desde roupas, brinquedos, artigos de decoração, alguma mobília, minha bicicleta e até meu carro.

Renovei minha habilitação e reativei a categoria para pilotar motos.

Fiz checkup odontológico, ginecológico e exames de sangue. Tô nos trinks!

Levei as poucas coisas que restaram para um armário no apartamento da minha mãe. Os mesmos ainda estão a venda na minha lojinha da Enjoei.

Meu apartamento foi pintado e alugado.

Vi alguns amigos, familiares e saí algumas vezes (menos do que eu queria).

E justamente na noite de Natal, estou embarcando num voo para as terras lusitanas em uma época super fria, com apenas 10 mudas de roupa e mais de 30kg de bagagem com brinquedos, utensílios de cozinha, cama, mesa e banho divididos em 2 malas.

Darei mais notícias quando estiver por lá.

sábado, 17 de dezembro de 2022

ADEUS Tia Cassinha

Rita de Cássia era seu nome, mas todos chamavam-na carinhosamente de "Cassinha".


Era minha tia mais jovem, irmã do meu pai, uma pessoa incrível, divertida e companheira. Tinha uma sinceridade cativante e direta, que fazia com que todos se sentissem à vontade ao seu redor. Sempre que ela chegava em algum lugar, o ambiente ficava em êxtase.

Partiu em 2015 após poucos dias de ser diagnosticada como soro positivo. Foi tudo muito rápido, eu tinha falado com ela na mesma manhã enquanto comia caranguejo (ela amava caranguejo). Quase não acreditei quando recebi a notícia de seu falecimento.

Seu corpo foi cremado e suas cinzas foram colocadas em uma urna. Apesar de amar cemitérios, eu acredito que cremar um corpo pode trazer uma sensação de libertação tanto para o falecido quanto para os seus entes queridos. Ao contrário de um enterro tradicional, onde o corpo é colocado em um caixão e enterrado, a cremação permite que o corpo seja transformado em cinzas e devolvido à natureza de uma maneira mais simbólica. É como se o corpo físico fosse liberado para permitir que o espírito possa seguir em frente.

No entanto, suas cinzas ficaram paradas por mais de 7 anos, e isso estava me deixando angustiada.

Foi quando me apareceu uma oportunidade sobrevoar João Pessoa com Bebeto, meu amigo-primo que também é piloto, justamente no dia do aniversário de Tia Cassinha (17 de dezembro). Foi a oportunidade perfeita para jogar as cinzas lá do alto, diretamente no mar, lugar que ela amava.

eu e Bebeto

vista de cima da Praia de Tambaú em João Pessoa

Ver as cinzas sendo soltas sobrevoando o mar, na praia que ela ia quase que diariamente foi uma experiência emocionante e única. Como se estivéssemos devolvendo à natureza aquilo que um dia nos foi emprestado, permitindo que o vento leve consigo as memórias e o amor que temos por ela.


E mesmo que as cinzas se dissipem no ar, como uma nuvem que se desfaz, sabemos que aquela pessoa sempre estará conosco, presente em cada momento que passamos. Pois o amor que sentimos por ela é como o mar, infinito e eterno, sempre presente em nossas vidas, mesmo que não possamos tocá-lo.

Adeus Tia Cassinha, que agora você esteja finalmente em paz.