Inicialmente chamada de Arraial do Tejuco, a cidade de Diamantina já representou a maior lavra de diamantes do mundo ocidental, dá aí seu nome.
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Passadiço da Casa da Glória |
Chegou a ser o terceiro lugar mais povoado da capitania geral da minas, atrás apenas de Ouro Preto e São João Del Rei.
Ficou famosa no século XVIII por abrigar Chica da Silva, uma escrava alforriada que manteve por mais de 15 anos uma união em concubinato com um dos homens mais ricos da região, tendo com ele 13 filhos, ou seja, vivia grávida!
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casa de Chica da Silva |
A união dos dois terminou quando João Fernandes de Oliveira (pai das crianças) teve que retornar à Portugal para receber os bens deixados em testamento pelo seu pai. Ele levou consigo os 4 filhos que eram homens, dando-lhes educação superior e postos importantes na administração do Reino Português. Enquanto isso, as filhas mulheres ficaram no Brasil com a mãe e algumas propriedades deixadas para garantir o conforto e a educação que se dava "à moças aristocratas".
Chica da Silva morreu em 1796 e seu corpo foi sepultado dentro da Igreja de São Francisco em Diamantina, um privilégio quase exclusivo dos brancos da época, provando que a sociedade preconceituosa podia ser facilmente comprada, bastava ter muito dinheiro. Fato não muito alterado nos dias atuais, fazendo com que qualquer pessoa possa ter e viver o que quiser, dependendo apenas de sua disposição para manipular e modificar as preferências.
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Igreja São Francisco |
Diamantina é uma cidade histórica e muito bonita, cheia de ladeiras e com várias igrejas. É também o ponto de partida da Estrada real.
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Casa de JK |
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Chico e eu |
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mapa da Estrada Real |
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Igreja Nossa Senhora do Amparo |
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Mercado Velho |
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interior da Catedral Santo Antônio |
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Catedral Metropolitana Santo Antônio |
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Igreja Nossa Senhora do Carmo |
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Igreja Nossa Senhora das Mercês |
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criptas ao lado da Igreja das Mercês |
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Antiga Estação Ferroviária |
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Basílica Sagrado Coração de Jesus |
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interior da Basilica Sagrado Coração de Jesus |
Vim passar uma semana na cidade, o que nem seria muito tempo se não estivéssemos vivendo em um período de isolamento social onde os locais estão fechando mais cedo ou simplesmente "não abrem".
No mais, digamos que estamos descansando no frio para seguir viagem... Que estamos aproveitando o ócio para refletir... Valorizando os momentos bons e aprendendo com as situações inesperadas e ruins... E pela primeira vez em quase 6 meses na estrada estou sentindo falta da minha cama e do calor gostoso do meu cantinho.
Um comentário:
Gostei de ver a cidade que preserva sua história e também a sua visão dela nesse contexto atual.
Depois de seis meses, chegou a saudade. Que bom!
Sempre que viajo eu também costumo deixar pra trás tudo que ficou, pra aproveitar o que se apresenta diante de mim. Quando, porém, bate a saudade, é sinal que está na hora de voltar e a sensação, pelo menos para mim, parece ser melhor do que quando me preparava pra viajar. E comparo sempre com o retorno à “casa paterna”. A certeza do lugar que nos espera, o calor do acolhimento de quem nos ama é muito bom.
Contando os dias pra te abraçar e beijar, peço a Deus que continue ao seu lado, te abençoando e protegendo. Te amo!
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