Depois de mais um dia e meio navegando, chegamos em Cádiz, uma antiga cidade portuária no sudoeste da Espanha, construída em uma faixa de terra cercada pelo mar na região da Andaluzia. Possui uma estrutura bem semelhante a Florianópolis (Brasil), em que a cidade é uma ilha ligada ao continente através de pontes.
Nossa parada foi no período da tarde e caminhamos bastante por lá...
Atravessamos a cidade passando por belos jardins, fortificações e vistas incríveis do mar.
O lugar é limpo e possui ruas estreitas com construções antigas e charmosas. A parte boa é que tem bebedouros com água potável em todo lugar e o clima estava ótimo para caminhar, tinha um sol quente e onde na sombra fazia um frio agradável.
Passamos em frente a vários monumentos famosos e bonitos, porém, devido a comun "siesta" espanhola onde a maioria dos lugares fecham para descanso após o almoço, nos deparamos com a maioria deles fechados.
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Doubleday e eu |
Curiosidade: a palavra siesta vem do latim “sexta”. Voltando no tempo, os romanos tinham o costume de descansar na sexta hora, dividindo os períodos de luz em 12 horas. E a siesta é tão importante para Espanha, que existe inclusive uma pequena cidade de Ador, que está próximo de Valência, onde o prefeito resolveu “reconhecer a importância da siesta” determinando que entre as duas e as cinco da tarde tudo deve ser fechado por lei, não se pode fazer barulho, nem as crianças podem estar na rua jogando bola, por exemplo, pois é a hora da siesta e o silêncio é obrigatório. No entanto, vale ressaltar que isso é um caso isolado da cidade, nos demais apenas fecham as portas e não atendem ninguém. E os que atendem colocam um aviso na frente.
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Aviso na frente do restaurante informando que eles não fecham durante a siesta |
Conseguimos entrar no "Castillo de Santa Catalina" o forte mais antigo de Cádiz com uma vista linda para o Atlântico. Aproveitamos para usar o banheiro e tirar belas fotos.
Dentro da fortificação, no jardim em frente a igreja possui uma estátua em bronze de um menino nú... Mas não se trata de nada histórico em relação ao Castillo.
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Muchacho desnudo |
É na verdade a escultura se chama "Muchacho desnudo" foi feita pelo escultor holandês Cornelis Zitman em 1973. Zitman é um artista que utiliza o Caribe para se inspirar em suas esculturas. Suas obras reproduzem a morfologia dos indígenas da Venezuela, onde ele vive atualmente.
Quando chegamos no Mercado público (as 14h45), já estava quase tudo fechado (a famosa siesta), mas ainda conseguimos comer uns tapas com uma taça de vinho.
Alguns dos lugares que vimos foi: a Catedral de la Santa Cruz, Las Palmas, que é a icônica construçao branca de um spa na areia da Playa de la Caleta com o mar ao fundo (cartão postal da cidade), os três arcos do século XIII com os quais se acessava a antiga cidade medieval, e a muralha Puerta de Tierra que cerca a cidade e também é porta de entrada por via terrestre.
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Catedral de la Santa Cruz |
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Playa de la Caleta |
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La Palma |
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Playa de la Caleta e La Palma |
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Arco de la Rosa |
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Arco de los Blanco |
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Arco del Pópulo |
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Muralha Puerta de Tierra ao fundo |
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Puerta de Tierra |
Voltamos para o navio as 20h28, faltando apenas 2 minutos para o horário limite... Foram mais de 16 km percorridos e meus pés doíam de tanto caminhar... Mas valeu cada passo e eu ainda encontrei (e comprei) a "sandália de viajante" que eu tanto estava procurando, que é super confortável, e o melhor, custou apenas € 9.
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