Depois de fazer uma parada rápida em Barcelona na Espanha, o navio seguiu para França onde terminamos nossa luxuosa viagem de cruzeiro no porto de Marselha.
O desembarque foi tranquilo, não pediram nenhum documento além do passaporte e a data de ingresso no espaço europeu foi a de hoje, ou seja, ganhei mais 5 dias de permanência.
Começamos outro tipo de viagem, agora por terra, ficando em hotéis e comendo por conta própria.
Reservamos e pagamos antecipadamente todas as hospedagens, tours e translados em 4 cidades diferentes pros próximos 11 dias. Todas as reservas foram feitas pela empresa Explora Turismo de Verdade (@esploraoficial) e pudemos pagar tudo parcelado, além de ter a segurança de uma assistência 24h caso seja necessária.
Marselha é a segunda maior cidade da França, está localizada no sul e é um importante centro de imigração e comércio desde que foi fundada pelos gregos por volta de 600 a.C., então, tenho certeza que veremos muita coisa legal pela frente.
Depois de mais um dia e meio navegando, chegamos em Cádiz, uma antiga cidade portuária no sudoeste da Espanha, construída em uma faixa de terra cercada pelo mar na região da Andaluzia. Possui uma estrutura bem semelhante a Florianópolis (Brasil), em que a cidade é uma ilha ligada ao continente através de pontes.
Nossa parada foi no período da tarde e caminhamos bastante por lá...
Atravessamos a cidade passando por belos jardins, fortificações e vistas incríveis do mar.
O lugar é limpo e possui ruas estreitas com construções antigas e charmosas. A parte boa é que tem bebedouros com água potável em todo lugar e o clima estava ótimo para caminhar, tinha um sol quente e onde na sombra fazia um frio agradável.
Passamos em frente a vários monumentos famosos e bonitos, porém, devido a comun "siesta" espanhola onde a maioria dos lugares fecham para descanso após o almoço, nos deparamos com a maioria deles fechados.
Doubleday e eu
Curiosidade: a palavra siesta vem do latim “sexta”. Voltando no tempo, os romanos tinham o costume de descansar na sexta hora, dividindo os períodos de luz em 12 horas. E a siesta é tão importante para Espanha, que existe inclusive uma pequena cidade de Ador, que está próximo de Valência, onde o prefeito resolveu “reconhecer a importância da siesta” determinando que entre as duas e as cinco da tarde tudo deve ser fechado por lei, não se pode fazer barulho, nem as crianças podem estar na rua jogando bola, por exemplo, pois é a hora da siesta e o silêncio é obrigatório. No entanto, vale ressaltar que isso é um caso isolado da cidade, nos demais apenas fecham as portas e não atendem ninguém. E os que atendem colocam um aviso na frente.
Aviso na frente do restaurante informando que eles não fecham durante a siesta
Conseguimos entrar no "Castillo de Santa Catalina" o forte mais antigo de Cádiz com uma vista linda para o Atlântico. Aproveitamos para usar o banheiro e tirar belas fotos.
Dentro da fortificação, no jardim em frente a igreja possui uma estátua em bronze de um menino nú... Mas não se trata de nada histórico em relação ao Castillo.
Muchacho desnudo
É na verdade a escultura se chama "Muchacho desnudo" foi feita pelo escultor holandês Cornelis Zitman em 1973. Zitman é um artista que utiliza o Caribe para se inspirar em suas esculturas. Suas obras reproduzem a morfologia dos indígenas da Venezuela, onde ele vive atualmente.
Quando chegamos no Mercado público (as 14h45), já estava quase tudo fechado (a famosa siesta), mas ainda conseguimos comer uns tapas com uma taça de vinho.
Alguns dos lugares que vimos foi: a Catedral de la Santa Cruz, Las Palmas, que é a icônica construçao branca de um spa na areia da Playa de la Caleta com o mar ao fundo (cartão postal da cidade), os três arcos do século XIII com os quais se acessava a antiga cidade medieval, e a muralha Puerta de Tierra que cerca a cidade e também é porta de entrada por via terrestre.
Catedral de la Santa Cruz
Playa de la Caleta
La Palma
Playa de la Caleta e La Palma
Arco de la Rosa
Arco de los Blanco
Arco del Pópulo
Muralha Puerta de Tierra ao fundo
Puerta de Tierra
Voltamos para o navio as 20h28, faltando apenas 2 minutos para o horário limite... Foram mais de 16 km percorridos e meus pés doíam de tanto caminhar... Mas valeu cada passo e eu ainda encontrei (e comprei) a "sandália de viajante" que eu tanto estava procurando, que é super confortável, e o melhor, custou apenas € 9.
A primeira parada após 6 dias cruzando o oceano foi em uma das ilhas que fazem parte do arquipélago espanhol situado na costa da África.
As "Ilhas Canárias" são sete ilhas vulcânicas divididas em duas províncias (dois Estados). Santa Cruz de Tenerife é uma das províncias, e Tenerife (onde atracamos), é sua capital.
Curiosidade: O nome canárias não tem nada a ver com os pássaros, afirma-se que quando a descobriram havia um grande números de cães, por isso deu-lhes o nome de "Canárias" ("ilhas dos cães")
Assim como nos demais portos, o navio ficou parado por apenas um período. Dessa vez foi de 10 horas (das 9h até as 19h).
Doubleday e eu
Mesmo sabendo que o lugar é lindo e oferece diversos pontos turísticos para conhecer, optamos por fazer um tour um pouco mais inusitado: mergulhar em um submarino, afinal, quando teríamos outra oportunidade como essa?!
Fechamos o pacote turístico no próprio cruzeiro, pois isso garante que o navio não "zarpe" sem a gente em caso de atrasamos no retorno. Embora existam tour mais em conta "por fora" (sem a mesma garantia, claro)
Um ônibus turístico e confortável nos levou em uma viagem de 50 minutos até a marina de São Miguel, onde embarcamos em um pitoresco submarino amarelo (que eu imaginava que fosse maior)
Mal acreditei que caberiam 30 pessoas dentro dele, e pasmem: cabiam mais!
A decida é super tranquila e podemos observar alguns peixinhos, dois barcos afundados e a base de pedras vulcânicas onde surgiu a ilha.
Depois, já quando estamos a 30 metros de profundidade, descem 2 mergulhadores e ficam nadando com algumas arraias. Nada de tão espetacular quanto deve ser ver o titanic ou profundezas mais obscuras, mas valeu o passeio.
Após o mergulho, o ônibus nos levou a "Playa de las Américas", uma praia repleta de hotéis de luxo, resortes, lojas de grifes e restaurantes.
Como não estamos em uma viajem extravagante, ao invés de almoçar em um restaurante caro, passamos num supermercado, compramos salada césar (que adoro) e comemos no banco da praça apreciando a vista do lugar. Ainda combinei com Smirnoff Ice.
la possui garrafas de 700 ml
Voltamos ao porto faltando 1 hora para o embarque e deu tempo conhecer um pouco as proximidades.
O clima estava agradável, fazia sol e o vento era frio. Perfeito para caminhar.
Nas Ilhas Canárias o clima é sempre bom e as temperaturas durante os meses mais frios variam entre os 16ºC e os 24ºC.
Santa Cruz é cheia de bares, restaurantes, tascas ou pequenos estabelecimentos charmosos com mesas ao ar livre onde você pode tomar uma bela taça de vinho. Acho que vale a pena um retorno com mais tempo, inclusive para conhecer as outras ilhas do arquipélago também.
