quinta-feira, 26 de julho de 2012

Rio Branco – Acre

Confesso que quando decidi viajar para o outro lado do mapa brasileiro, não esperava encontrar tanta coisa. Gente esse lugar é maravilhoso! Limpo, calmo, bonito e aconchegante...
Passei pouco tempo, mas deu para conhecer boa parte dessa Capital tão encantadora.
Fiquei hospedada no Viver Residence Apart Hotel:

É tipo um Flat, com quarto, sala e cozinha (equipada com geladeira, microondas, louça...)



Fica localizado na Vila Ivonete, um pouco distante do centro da cidade, fato que talvez seja problema para algumas pessoas, pois quase tudo acontece no centro. Porém, é um local super agradável, de qualidade e com preço acessível.
* Para interessados: Viver Resindence: (68) 3228-0006
No Centro da cidade eu conheci a Praça Rodrigues Alves, também conhecida como Praça Plácido de Castro, rodeada de bancos, pontos comerciais e em frente a prefeitura da cidade, ela possui uma estátua do Coronel Plácido de Castro.

Na base do monumento tem um texto escrito: “Teve a ousadia de confrontar o exercito boliviano e o grande capital internacional durante a conquista do Acre
Em frente a praça, fica localizada a Biblioteca Pública Municipal, que foi um dos lugares que mais me impressionou. Ela é simplesmente FANTÁSTICA!!!!!

Dentro dela possui uma grande variedade de livros, incluindo um acervo acreano, bibliografias, revistas, gibis, computadores, área para leitura...
 
 
 
 

E uma parte incrível para crianças, um excelente incentivo à leitura.
 
 
 

 Próximo a biblioteca, fica a Catedral Nossa Senhora de Nazaré:
 
 

Considerada um dos principais marcos arquitetônicos da região amazônica, ela é uma obra em estilo romano que foi construída em 1948. Possui 47 vitrais coloridos e uma abóboda em arco que forma o altar.

Devido a região ser muito quente durante o dia, os aparelhos de ar condicionado são inevitáveis lá, eu contei 20.

Ah!... lá tem vaga de emprego para jovens homens, alguém se habilita?


Descendo a ladeira da igreja, fica o Palácio Rio Branco. Ele foi construído em 1930 para abrigar a sede do governo do estado. Em 2008 foi transformado em um museu, onde são expostos fatos importantes da história do estado desde os seus primórdios. Na frente do palácio tem uma fonte e um obelisco que foi erguido em 1937 em homenagem aos heróis da revolução Acreana.

Mais abaixo, seguindo a gravidade, é a Praça Povos da Floresta, que na verdade é um prolongamento da Praça Eurico Gaspar Dutra (onde estão a fonte e o Obelisco). Ornamentada com árvores imponentes, existe uma estátua do líder seringueiro assassinado, Chico Mendes. Ela foi feita à escala natural dele, esculpida em argila e bronze.

Ainda no centro da cidade, depois de descer a rua inteira, à margem do Rio Acre, encontra-se o Mercado Velho. Ele foi construído na década de 1920, sendo uma das principais construções em alvenaria da época. Possui algumas lojinhas de artesanato e bares, que a noite se torna um ambiente extremamente agradável, com música ao vivo.

Ao lado do Mercado Velho, fica a Passarela Joaquim Macedo que liga os dois distritos da cidade passando sobre o rio Acre. Apenas para pedestres, foi construída com a tecnologia de suspensão por cabos, e tem iluminação diferenciada, contrastando com as águas do rio Acre. Muito bonita!

Do outro lado do rio, encontra-se o Calçadão da Gameleira, com casas coloridas e uma árvore gigante (gameleira) no final da rua. A árvore de 20m de altura e 30m de diâmetro virou patrimônio histórico da cidade. Além de grande, ela ficou famosa por ter agasalhado os primeiros povoadores da cidade, além de ter sobrevivido duas batalhas da Revolução Acreana que se travaram ao seu redor.

Também conheci o Parque da Maternidade, com uma extensão de 6.000m ele corta grande parte da cidade. Possui quadras de esportes, quiosques, restaurantes, ciclovia e pistas de skate. Eu pude caminhar bastante nele, ia de um bairro para outro (em baixo de um sol escaldante...).
 

Nessa minha caminhada, passei em frente à Biblioteca da Floresta, infelizmente, por ser um sábado, ela estava fechada.




Num bairro mais distante, o Bosque, eu visitei a Igrejinha de Ferro, por ser o único marco histórico - religioso da Revolução Acreana, eu fiz questão de ir até ela.
 
 


A capela foi idealizada pelo proprietário do Seringal Bom Destino, Joaquim Victor, para cumprir promessa a Nossa Senhora, caso Plácido de Castro saísse vitorioso da Revolução Acreana. É feita com chapas galvanizadas de ¼ de espessura, firmadas por parafusos engraxados, com duas paredes, sendo a externa escalonada, para evitar o calor da região, o assoalho, também de ferro, torre, altar e alguns bancos, tudo para não acabar mais. Todas as peças foram pré-fabricadas na Alemanha e montadas por dois engenheiros alemães. Atualmente ela se encontra no 4º. Batalhão de Infantaria e Selva, e está sendo restaurada. 
Em meio as minhas andanças, eu entrava em uma loja e outra... Até Sex Shop encontrei, e claro que entrei pra ver se encontrava algo diferente, sei lá.... Quem sabe um índio inflável?... rsrsrs
 

Não sei se é por ser próxima a zona franca da Bolívia, mas achei as coisas muito baratas... Principalmente bijouterias! Uma loja de sapatos também me chamou a atenção pela grande variedade de marcas, e preços baixíssimos.
 
 
 
 

Assim como a “casa da cidadania” que temos em João Pessoa, em Rio Branco existe a OCA, que é um espaço que visa a acessibilidade dos cidadãos ao serviço público, com uma arquitetura muito criativa.
 

Ao final da caminhada, adivinhem!! Uma feira!!! Lá você encontra de tudo, até coisas do Perú.


Ah... um fato bem intrigante: TODOS os telefones públicos da cidade são baixos, para utilizarmos, temos que ficar agachados...

Bom... Eu não ia visitar o Acre sem ao menos conhecer um habitat indígena, então fui à um assentamento indígena localizado na saída da cidade. É um local no meio de uma pequena floresta com algumas estalagens onde os índios se abrigam quando necessitam ir à cidade para fazer cursos ou outras atividades. São de madeiras, cobertos com palha, bem parecido com suas casas nas aldeias...









  
Alguém consegue traduzir?


Lá também pude ver pés de cacau, pupunha (aquele palmito delicioso), carambola, açaí e buriti.
 
 
 
 
 

Não tinha muita atração na cidade porque estava acontecendo justamente nessa semana a ExpoAcre. E quando ele acontece toda a cidade pára!
É a maior feira de negócios e entretenimento do Acre. Então fui ver o que era... E realmente, me surpreendi.

Enfim! Foi isso.
Uma viagem fascinante, onde eu não atingi o objetivo que pretendia, mas voltei com um gostinho de quero mais. E com certeza posso afirmar: é uma terra de pessoas felizes, educadas, trabalhadoras e honestas, e vale a pena conhecer.