Escolhi logo um tema carregado pra falar porque hoje acordei com a “porra”!!! Dormi apenas 1 hora, tô cambaleando de sono, mas não pude parar de pensar nesse assunto.
1ª - O que leva uma pessoa a ter um relacionamento com outra pessoa?
2ª - O que se espera de um relacionamento?
3ª - Quais os medos?
(Quando falo de relacionamento, me refiro a namoro.)
Vivemos numa sociedade que é muito egoísta. Hoje a gente não vê mais aqueles casais românticos que são companheiros para toda hora... Pelo contrário, estão sempre brigando, reclamando, competindo... Passam a maior parte do tempo querendo justificativas do que o outro faz ou deixa de fazer, em vez de aproveitar o mínimo de tempo que possuem juntos.
Lá embaixo eu coloquei um texto de Arnaldo Jabor (que por sinal achei perfeito), que pra mim responde bem a 1ª pergunta que fiz, pois acho que não existe motivo X ou Y para você manter um relacionamento com alguém, simplesmente as coisas vão acontecendo, aí quando você menos espera: BUM!!! Já foi, e você está completamente fascinada pela pessoa.
Já na 2ª pergunta, é onde mora o perigo...
Expectativas??? Pra quê?
Tem gente que passa a vida criando um príncipe encantado em sua cabeça, fica a procura desse príncipe e enquanto não o encontra, não fica satisfeita. Dessa forma, acaba não dando certo em relacionamento nenhum, ou se decepcionando com todos os que têm.
E pode ter certeza que isso tudo é culpa dos relacionamentos anteriores, devido a decepções vividas, criamos barreiras dentro da gente como forma de proteção para não nos machucar. E é exatamente a pergunta número 3. Formamos medos referentes a resquícios de algo já vivido que a gente não quer que aconteça novamente.
É justamente onde erramos!
Não é porque algo deu errado com alguém que vai dar errado com outra pessoa, a gente não pode deixar de viver o hoje por causa de algo que aconteceu no passado (acho que até já falei isso em um post anterior)
Se ficarmos criando barreiras, não estaremos vivendo, mas sim perdendo o que há de melhor na vida. Quando cai da moto muitas pessoas vieram me criticar pelo fato de eu continuar pilotando. Mas se pararmos pra pensar, quando éramos crianças, se tivéssemos desistido de andar ao cair pela primeira vez, hoje ainda estaríamos rastejando...
Não é bom desistirmos de algo que ainda nem tentamos (é até estranho eu colocar isso aqui, pois eu sou uma pessoa muito fácil desistir de algo, basta este algo não estar me fazendo bem).
Mas o fato é que devemos pelo menos tentar!
A gente precisa cair e se machucar, para aprender a lidar com tais situações no futuro e não evitá-las.
Então minha mensagem de hoje é a seguinte:
Aproveite cada momento como se fosse o último, não tenha medo de assumir seu atos, viva a vida intensamente sem se preocupar com o que “poderia” acontecer.
Mas lembre-se: Seja Feliz.
***
Crônica do amor (Arnaldo Jabor)
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
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