Localizado na cidade de Recife, a 14 km do centro, o Instituto Ricardo Brennand possui uma história muito interessante, e que a maioria de seus visitantes não a conhecem.
Ricardo Brennand é um pernambucano que nasceu em Cabo de Santo Agostinho e sua família era conhecida por atuar no ramo de cimento, vidros, azulejo e aço.
Amante da arte, ele decidiu por conta própria colecionar armaria, sobretudo armas brancas, bem como obras de arte e objetos relacionados a história do Brasil.
Na década de 90 ele investiu seu capital em um próprio acervo particular. Foi quando em meados de 1996, ele usou o engenho em que funcionava a primeira fábrica de cerâmica da família para construir um prédio e abrigar sua coleção.
No entanto, não foi um prédio comum, ou um simples galpão, ele foi mais ousado: Fez a réplica de um castelo francês gótico! Dizem os boatos que até as pedras do castelo vieram da frança.
Em 2001, o Museu Nacional da Dinamarca anunciou o interesse de expor a coleção completa do pintor holandês Albert Eckhout (que acompanhou Maurício de Nassau de 1637 até 1644 retratando os costumes e a natureza de Pernambuco em 24 obras).
Porém, o estado de Pernambuco não possuía na época, um espaço adequado para receber os quadros e expor. Foi quando Ricardo Brennand decidiu ir até a Europa simplesmente para apresentar sua proposta em abrir uma galeria de artes para abrigar as obras de Eckhout, pois o estado de Pernambuco merecia ver suas obras.
Então, em um ano foi construída a pinacoteca, e em 12 de setembro de 2002 o Instituto Ricardo Brennand abriu as portas ao público pela primeira vez com a exposição "Albert Eckhout retorna ao Brasil". O evento contou até com a presença do Príncipe da Dinamarca, brinca!!!!
Ricardo Brennand começou a adquirir os quadros "por empatia" em feiras de demolição e leilões pelo mundo inteiro. Boa parte das obras tem relação com o estado de Pernambuco, mas ele sempre foi tão ousado que sua "simples coleção particular" é hoje um dos museus mais visitados da América do Sul.
Os 4 galpões a linda igreja tratam-se simpleamente de uma construção contemporânea, combinada com pontes levadiças, relevos de brasões e estilos góticos. Um espetáculo a olho nu.
Inaugurada recentemente, a Capela Nossa Senhora das Graças não é um lugar turístico para visitar e tirar fotos. Lá, para você conhecer, terá que agendar para assistir a Missa que acontece apenas no primeiro e terceiro domingo do mês ao meio-dia.
Um lugar incrivelmente lindo, que vale a pena ir.
O Museu é aberto ao público de terça a domingo das 13 as 17h. Paga-se R$ 32,00 para entrar e meia entrada para estudantes, idosos e PCD. Crianças até 7 anos não pagam.
É um lugar realmente incrível e que vale a visita, pois além da história ser fantástica, o visual é de tirar o fôlego.
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