Tenho passado dias realmente inquietos, onde por várias vezes me posicionei contra minha vontade na tentativa de enfrentar um medo que não quero sentir.
Na busca de algo nunca vivido, me meti em um caminho arriscado e temido.
Será que devo realmente passar por isso para viver o que almejo?
A vida é feita de escolhas (lá estou eu novamente com essa frase)... As consequências virão das que eu decidir.
Nunca almejei riqueza, bens materiais ou nível social alto, também não ligo para status. Não me importo com o que as pessoas vão falar... Tento viver cada dia a melhor maneira, fujo de brigas, desentendimento e intrigas.
Não tenho um sonho definido ou uma meta que eu deva seguir, apenas quero paz, tranqüilidade, acordar sorrindo, trabalhar bem, ter saúde e desfrutar das coisas belas e simples da vida.
É quando me pergunto: Será que consigo estar 100% realizada morando em uma ilha deserta que possua uma excelente infra estrutura para viver, no entanto, sem nenhum outro ser vivo?
Pois é, apesar de parecer desejos simples, é muito mais complicado que ganhar dinheiro, comprar carro importado, apartamento de luxo e “aparentar” viver bem no meio da sociedade. Isso porque meus maiores desejos não dependem apenas de mim.
Adoro morar sozinha, ter minha independência, meu emprego... Mas não conseguiria viver longe das pessoas. Alguém para conversar, sorrir, chorar, ou apenas para ter ao lado em um domingo chato de chuva onde não se tem nenhum lugar para ir.
Isso tem sido um dos maiores desafios: pessoas que me fazem bem.
Conheço muita gente, no meu Orkut você pode encontrar mais de 600 “amigos”... Ando na rua, vou a festas, estou sempre encontrando pessoas que conheço, no entanto, companhia mesmo, aqueles que posso chamar de “amigo”, não passam de uma mão.
E o que tem me incomodado mais, é que nessa mão com apenas 5 dedos, tenho encontrado mentiras, rivalidades, interesses e decepções. Também percebi que o tempo que você conhece uma pessoa não significa qualidade, e que amizades verdadeiras não são medidas pelo tempo, mas pelas atitudes. Talvez esteja na hora de rever os dedos da minha mão.
Minha vontade de não viver conflitos e desentendimentos, ao longo de meus 28 anos, fez com que eu “aceitasse” muita coisa que não queria, “achando burramente” que cedendo aos desejos e vontades dos outros seria mais compreendida.
Caí muito, e essas quedas me ensinaram a procurar trilhas com menos buracos para caminhar, mas também me fizeram perceber que para chegar em determinados destinos, não existe caminhos perfeitos, e alguns riscos são necessários para chegar. No entanto, escolher passar ou não por esse caminho vai depender de quanto realmente eu quero chegar lá.
Isso acontece porque minha vontade de chegar é tão grande que arrisco atravessar os buracos, caio, me machuco, sinto dor, e quando acho que chego ao destino, vejo que não era o que queria, e que não valeu a pena tanto sofrimento.
Hoje me vejo seguindo uma trilha, em busca de um lugar maravilhoso, passando por bosques floridos... E percebo que atravessei um ponto bem no início, que havia uma fissura na estrada e eu não reparei, achando que não seria problema nenhum vendo a grandeza do lugar que eu poderia chegar.
No entanto, essa fissura se tornou uma rachadura, e essa rachadura virou um buraco, esse buraco fez com que eu caísse e sentisse muita dor.
Já querendo desistir do caminho, ao sair do buraco eu pude ver algumas flores que me fizeram ter vontade de continuar, no entanto, o buraco que eu acabara de cair gerou uma rachadura, que foi seguindo o caminho e logo na frente gerou outro buraco, nesse a queda foi bem mais dolorida, levantei meio debilitada e continuei, mas ainda vejo rachadura, e percebo ela ficando mais frágil cada vez que eu a piso, fazendo com que eu fique com medo de causar outro buraco.
Foi quando percebi que o problema não está no caminho que estou seguindo, mas sim na forma que estou caminhando. O fato de não dar uma pisada firme faz com que eu me desequilibre e caia.
O caminho já existe, eu estou seguindo-o porque quero chegar ao destino, mas por não ter usado o sapato correto, acabei derrapando em alguns buracos e me machuquei.
Ontem coloquei meu sapato, pois meus pés estavam doídos, sei que esse sapato não vai me proteger dos buracos, mas talvez possa evitá-los. Quero continuar minha caminhada, acreditando que não cairei novamente.
Problemas dos pés identificado com esperança de solução, problema das mãos identificado, gerando conflitos em minha cabeça.
Um comentário:
Pode me chamar de grosso. Já fui até mais, mas... Não resisti dar uma alfinetada.
Já pensou em fazer textos menos bonitos e agir mais?
Deixe de "arrudeio" e texto bonito e tome as decisões que achar melhor. Demorei muito para decidir uma coisa e quando decidiram por mim, me lasquei.
:)
Bjs
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