quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

5º dia – Labadee (Haiti)

O navio fez sua primeira parada no Haiti, em uma praia particular da Royal Caribbean, chamada Labadee.




Tirei uma foto do navio atracado para vocês terem uma idéia de como é.



Essa praia é exclusivamente turística, com atrações como banho de mar, tiro-leso, caminhada, caiaque, parque aquático, artesanato local e várias outras atrações...



Não vemos pobreza, nem destruição, apenas coisas lindas e em perfeito estado, totalmente diferente do resto do país, que atualmente está tão desolado. 


A praia só é aberta para os navios da Royal Caribbean, que chegam geralmente a cada 6 dias (por um período de até 8 meses por ano). Quando não tem navio, a praia fica fechada.


Existem muitas lojinhas de artesanato e os haitianos negociam tudo: Eles dão o preço e você diz se acha justo pagar, ou então dá seu valor... Encontrei um lindo dragão talhado na madeira, ele começou pedindo U$ 150,00, acabei levando por U$ 50,00... rsrsrs



Fiz uma caminhada pela praia com um guia haitiano chamado Lame. Muito simpático e atencioso falando um inglês lento e de fácil entendimento, ele guiava um grupo de 31 pessoas. Contava a história da praia e algumas curiosidades sobre as plantas lá existentes.


Vez ou outra falava da forma de vida deles (que era onde mais prestávamos atenção). Ele mora em um vilarejo que para chegar na praia são 2 dias de caminhada. Ganha U$ 10,00 por cada pessoa que ele guia (e o preço que pagamos pela caminhada é U$ 18,00). Quando a praia está aberta, ele trabalha, quando não, eles tentam sobreviver.

A educação que eles recebem do estado é apenas a educação secundária (o básico), se quiserem aprender mais que isso, deve ser por conta própria.

Os pais só são responsáveis pelos filhos enquanto são crianças, depois que crescem, cada um tem que se virar, pois eles não tem condições financeiras de sustentar outra pessoa.

O haitiano que quiser tirar um passaporte, basca pagar U$ 20,00. Com isso muitos estão saindo do país, imigrando para outros (como o Brasil) em busca de uma vida melhor.

Lame nasceu, cresceu e vive no Haiti, nunca saiu de lá. A língua nativa dele é o “Criol” Aprendeu inglês por conta própria para trabalhar com turistas. E assim ganha a vida.

Depois da caminhada, fiquei um tempo observando a praia, os turistas, os desperdícios... É um choque de cultura muito grande ver tanta riqueza em um país tão pobre.









Ainda pude apreciar uma rápida apresentação local:






No final do dia um escocês, todo travestido, começa a tocar sua gaita para no avisar que está na hora de retornar ao navio.


Um comentário:

Joyce Hauschild disse...

O melhor de viajar é exatamente poder ter o privilégio de conhecer outras culturas e realidades. Nos faz pensar e repensar a vida que temos....Lindo lugar!!!
Estou compartilhando os posts no perfil da Ja Produções no Face como vc pediu!!!! bjaoooo