segunda-feira, 25 de abril de 2022

Chichicastenango (Guatemala)

Localizada no estado de El Quiché, Chichicastenango é conhecida pelo seu grande mercado a céu aberto...

As ruas parecem verdadeiros formigueiros com pessoas circulando...  Lá vende desde roupas e sapatos velhos a uma imensa diversidade de artesanatos, tecidos coloridos, ervas, verduras, frutas e até animais...




Outra grande atração do lugar são os "xamãs" que ficam na frente das igrejas queimando incensos e invocando espíritos antigos... É que literalmente no meio de toda esss feira, estão duas igrejas, a de Santo Tomás, que foi construída pelos espanhóis em 1540 no topo de um antigo templo maia e vive cheia de mulheres vendendo flores ou xamãs queimando incenso.

Igreja de Santo Tomas




Igreja de Santo Tomás ao fundo


E a Igreja colonial do Calvário, bem menor, com um pequeno pátio na frente onde é comum ver mulheres e homens realizarem alguma cerimónia maia, depositando velas, milho ou incenso.

Igreja do Calvário ao fundo


Igreja do Calvário

Mas o que mais gostei da cidade foi o cemitério, claro! Depois de descer uma ladeira bastante íngreme eu já podia ver os túmulos pintados em cores vivas no topo de uma colina.

Cemitério ao fundo



Turisticamente conhecido, o cemitério Geral é composto por vários becos sem pavimentação cheios de tumbas coloridas das mais diferentes possíveis. 




















Depois caminhei mais um pouco e cheguei no Arco Gukumatz ou Arco da Serpente Emplumada, que foi construído em 1932 pelo arquiteto Quetzalteco Aniceto de León. Segundo a lenda, ele foi construído no mesmo lugar onde antigamente vivia uma serpente gigante que devorou um pobre homem, então, e em sua homenagem decidiram chamar ao arco Gukumatz que significa cobra.




Ah... Na hora da fome observei o que os locais comiam... Vi que pediam um caldo branco e colocavam uns salgadinhos dentro.



É atole, muito diferente do atole do México, é um caldo de milho com alguns grãos de feijão, o salgadinho é para dar crocância...

Enfim, uma manhã é mais que suficiente para visitar esse lugar, a não ser que seja uma pessoa muito consumista pois vai querer comprar tudo, daí necessita ficar o dia inteiro. 

Lago Atitlán (Guatemala)

Localizado no estado de Sololá, o Atitlán é o lago mais profundo da América Central, estima-se que seja aproximadamente 340 metros de profundidade em uma área de 126 km².

Meli, Alex e eu

Fica a uns 120km de Antigua e ainda possui 3 vulcões para completar a paisagem.



Ao redor do lago encontram-se algumas aldeias em que a cultura maia prevalece e os trajes tradicionais são muito usados. E eu pude visitar cinco delas.

1. San Juan la Laguna




Um cidadesinha super tranquila, limpa e com uma grande riqueza de artesanatos... Ao caminhar em San Juan La Laguna, você aprecia belas obras de arte a céu aberto

O lugar é repleto de pinturas onde se contam histórias de personagens que se destacaram em alguma atividade realizada na cidade. Inclusive, na entrada principal já vemos uma grande pintura de uma tecelã (mulher empreendedora dedicada a arte)... Eu pude visitar uma cooperativa e ver de perto o trabalho dessas mulheres...








Além de ser um museu ao ar livre composto por murais de grande formato nas diferentes ruas da cidade, existem lojas com uma infinidade de quadros com incríveis pinturas.



Mayalisa no centro


visto de baixo & visto de cima






2. San Pedro la Laguna


Uma das mais agitadas e com presença forte de israelenses, inclusive é muito comum encontrar placas em hebraico lá...


A cidade oferece de tudo, além de possuir uma grande quantidade de agencias de turismo, tem uma infinidade de restaurantes...







3. Santiago de Atitlán


É o maior vilarejo do lago e tem a cultura maia bem presente... É conhecido pelo seu culto a Maximón, um ídolo formado pela fusão de santos católicos, lendas de conquistadores e considerado a reencarnação do deus Maia.


A Igreja de Santiago Apóstolo fica no final de uma grande praça vazia e é carregada de simbolismo. Na sua entrada possui uma escada com degraus semicirculares, que antes era uma pequena pirâmide (que era um altar maia).



No interior dela possui muitas estátuas de santos vestidos com a mistura de elementos europeus e indígenas. Os santos mais feios que vi até hoje, chega assusta.




No altar central, existe uma parte de madeira onde se observa claramente a figura de Maximón, caracterizada por sua máscara, chapéu e fitas no corpo.




Tudo isso representa o sincretismo religioso na Guatemala... Inclusive, na procissão da semana santa, os santos católicos vão na frente, e os xamãs vão atrás fumando e bebendo.

4. Santa Catarina Palopo



É um ótimo destino para uma viagem de um dia, lá pode-se observar a vida dos nativos (já que possui poucos turistas) e vivenciar a vida vibrante do lago e suas fontes termais.

5. Panajachel




É sem dúvida a aldeia mais famosa, de fato a primeira que você encontra se vem por Antígua...




É uma vila animada com uma rua principal muito movimentada e boas opções de bares a noite... Seu principal transporte é o tuktuk, onde o preço é único (Q. 5 por pessoa), não importa a distância. Então,  como o preço é "por pessoa", quanto mais couber, mais lucra.





No entanto, o que mais gostei de lá mesmo foi o cemitério... hahaha


Achei incrível a arquitetura dos túmulo como se fossem edifícios, sério! Foi a primeira vez que vi dessa forma...




Esse foi o que achei mais impressionante