Capital do Estado do Amapá, Macapá não possui nenhuma interligação por rodovias à outras capitais brasileiras. Localizada no litoral do Rio Amazonas, para chegar lá tem que ser de barco ou de avião.
Como eu fui para passar apenas dois dias, não justificava viajar num barco durante 28 horas. Então aproveitei as milhas de mainha para voar até lá em apenas 50 minutos.
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| vista do avião |
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| vista do avião |
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| Macapá vista de cima |
Macapá é a única capital brasileira cortada pela linha do Equador (que divide o planeta em dois hemisférios). Por esse motivo, foi construído lá o monumento Marco Zero do Equador, com um obelisco para observação do equinócio (quando o sol cruza a linha do Equador).
Por duas vezes no ano, o sol alinha-se perfeitamente no circulo e projeta sua luz na linha imaginaria do Equador. Esse lugar é um dos pontos turísticos mais importantes da capital.
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| o ovo fica equilibrado sem cair... |
Fiquei hospedada no Equatorial Hotel, um lugar extremamente confortável, limpo, bem localizado e com um atendimento maravilhoso. O único na cidade com serviço de transfer para os hóspedes.
Passei apenas dois dias na cidade, mas graças ao Vagner que além de servidor público é um excelente guia turístico, eu pude conhecer lugares que nunca conheceria sozinha. Juntamente com a Glenda (que foi dirigindo), nós tivemos um dia de turismo, boa gastronomia e muitas risadas.
Eles rodaram comigo pela cidade apresentando os principais pontos turísticos... O fato dele ser guia contribuiu bastante para entrar em lugares que estavam fechados à visitas, como por exemplo, a Fortaleza de São José de Macapá e o Monumento do Marco Zero.
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| maquete da Fortaleza |
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| sala com maquete e fotos dentro da Fortaleza |
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| Capela de São José (dentro da Fortaleza) |
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| dentro da capela de São José |
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| local onde eram armazenadas as armas e pólvoras |
O Mercado Central Municipal foi recentemente revitalizado e está com uma estrutura excelente para lanches.
A Catedral São José de Macapá é bem recente, foi inaugurada em 2006 e possui uma arquitetura moderna.
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| Catedral São José de Macapá |
Já a Igreja São José de Macapá foi inaugurada em 1671 e é o monumento mais antigo da capital. Diferente da Catedral dedicada ao mesmo santo, ela conserva as características de arquitetura neoclássica herdada pelos Jesuítas europeus.
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| Igreja São José de Macapá |
A Casa do Artesão amapaense possui uma grande variedade de artesanato local e indígena. Aproveitei para comprar uma bebida típica da região: a Gengibirra, um licor feito com gengibre.
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| Casa do Artesão |
E claaaaaro que eu não poderia passar pela cidade sem visitar um cemitério né??? Achei bastante interessante o fato da maioria das lápides possuírem uma cobertura contra sol e chuva, conservando-as.
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| Cemitério Nossa Senhora da Conceição |
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| Cemitério Israelita (anexo ao da Conceição) |
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| túmulos do cemitério Israelita |
É no Cemitério Nossa Senhora da Conceição que está o túmulo do Menino Aquino Anaice que faleceu aos 12 anos por insuficiência cardíaca. Segundo a lenda, ele curou doenças de outras pessoas enquanto ainda estava em seu leito de morte, recebendo até uma oração com seu nome.
Muitas pessoas visitam seu túmulo para pedir bênçãos, cura de doenças e para ser aprovado no vestibular. Levam flores, brinquedos, velas e até refrigerantes. Se tornou o menino milagreiro e possui muitas placas de agradecimento lá.
Visitei também a cidade de Santana, localizada na região metropolitana de Macapá e o segundo município mais populoso do Amapá.
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| entrada da cidade de Santana |
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| Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Sant'Ana |
Fomos até a região portuária onde pegamos uma embarcação regional chamada catraia e durante quase uma hora pude apreciar o majestoso Rio Amazonas com a vida ribeirinha em suas margens.
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| dentro da Catraia |
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| ao fundo estrutura que desabou da mineradora Anglo Ferrous |
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| adolescentes pescando no Rio Amazonas |
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| Escola dos ribeirinhos |
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| "aningas", planta Amazônia que produz a seiva utilizada para picadas de cobra e ferradas de arraia |
Desembarcamos no Recanto da Aldeia, onde fizemos uma pequena trilha rodeada de Samaumeiras e casas de moradores. Nessa ilha está a grande Samaumeira de mais de 400 anos, que foi um dos cenários do filme Tainá 3, na Amazônia.
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| Samaumeira |
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| tronco de uma Samaumeira |
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| tronco da grande Samaumeira do filme Tainá |
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| Samaumeira do filme Tainá |
Para ver a árvore no filme, clique
aqui.
Ainda pudemos presenciar os moradores locais extraindo açaí, subindo na palmeira para retirar o fruto e debulhando em seguida.
Almoçamos na Fazendinha, um distrito de Macapá que possui excelentes restaurantes na beira do rio. Pude saborear o típico camarão no bafo enquanto esperava o almoço delicioso que vinha a seguir: Peixe filhote crocante. Simplesmente INCRÍVEL!
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| camarão no bafo |
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| Peixe crocante |
O restaurante escolhido foi o Relax que possui um atendimento muito bom. Lá eles realmente levam o cliente a sério... Amei!
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| Eu, Sr. Antônio (dono do restaurante), Vagner e Glenda |
O dia não podia encerrar melhor, fizemos um passeio pela Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú para visualizar o Pôr do Sol.
Curiaú significa "lugar bom de criar boi". Os moradores de lá são descendentes de quilombolas trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá. São os raros remanescentes de quilombos existentes no país.
Em uma das noites eu fui para um restaurante chamado Camarão do João, muito famoso na cidade, porém eu nem pude apreciar "como eu queria" a culinária oferecida por eles, pois as porções são grandes demais e eles não vendem meia porção. Mais uma vez um restaurante deixando de vender sua gastronomia porque não consegue atender pessoas que vão sozinhas.
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| Mujica Regional |
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| Restaurante João do Camarão |
No mais eu gostei bastante de Macapá e achei dois dias pouco para o tanto de lugar que podemos desbravar no Amapá, quem sabe um dia eu volto lá, nem que seja para ir até a Guiana Francesa ou Suriname.
