terça-feira, 27 de março de 2012

O Prejulgamento

Quantas vezes julgamos a capacidade de uma pessoa sem conhecê-la?

Quantas vezes julgamos determinado conhecimento sem termos a mínima noção do mesmo?

O que determina ser melhor? A experiência? A idade? As referências?

Quando descobri a necessidade de fazer uma cirurgia em minha coluna, ouvi inúmeros conselhos para consultar médicos “conhecidos e renomados” (daqueles que só conseguimos marcar uma consulta daqui a 2 ou 3 meses).

Mas por que não o meu médico? Foi ELE quem me atendeu, ELE que descobriu o problema, ELE que estudou a melhor forma de corrigi-lo... Não vejo a menor necessidade de procurar outro médico para fazer a mesma coisa, simplesmente pelo fato de ser “mais famoso”. Procurei meu ortopedista, porque tenho muito respeito por ele, e gostaria de saber uma segunda opinião, apenas.

Ah... Mas seu médico é muito novo! Procure um com mais experiência...

Gente, ele tem minha idade, se eu não confiasse nele, eu não estaria confiando em mim. E desde quando idade é sinônimo de experiência?

Minha cirurgia foi bastante delicada e complexa, não é o tipo de cirurgia que qualquer médico consiga fazer. Tem de ser muito seguro e sábio para realizar tal procedimento. E eu senti essa segurança em meu médico.

Fui muito bem atendida e informada de todos os detalhes, dos riscos e da melhoria... Nada me foi escondido. A cirurgia foi um sucesso! E eu não consigo imaginar um médico melhor e mais competente.

Parece que o prejulgamento já faz parte de nós. Sempre procuramos o melhor, e as vezes não damos oportunidade aos bons devido a busca incansável “desse melhor”.

Isso acontece muito nas empresas. Elas fornecem treinamentos à seus colaboradores, cursos de pós graduação, workshops, palestras... Deixam todos bem atualizados. No entanto, quando aparece uma oportunidade de promover determinado colaborador à exercer tudo que aprendeu nos últimos anos, preferem contratar uma nova pessoa, e quando esta entra na empresa, é considerada a melhor escolha, pois “tem mais experiência”.

***

Comecei a caminhar, as dores diminuíram, mas ainda as sinto. Os pontos foram retirados hoje, já marquei a fisioterapia. Em quinze dias volto minhas atividades.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mostrando em detalhes...

Minha recuperação está sendo tranquila, digamos que “ir dormir” é a pior parte.... Fica difícil encontrar uma posição confortável na cama.

Passo a maior parte do dia sentada em uma cadeira de balanço, horas vendo filmes, horas na internet, lendo livros, dando uns cochilos ou falando ao telefone.

Já recebi algumas visitas, vários telefonemas e muitas mensagens.

As dores são intensas quando mexo o tronco. Não é de se admirar, pois foi uma região muito afetada. Encontrei uns vídeos na internet que explicam melhor a cirurgia que fiz.

Esse vídeo a seguir, é uma animação, então todos podem assistir que não existem cenas fortes, é mais um explicativo.




A ideia inicial da cirurgia seria exatamente como no vídeo, com 6 parafusos, mas o meu plano de saúde (Unimed), achou um exagero a quantidade de parafusos solicitada, então forneceu apenas 4. O médico conversou comigo a respeito disso, e falou que mesmo assim valeria a pena fazer a cirurgia. Realmente o problema da fratura foi corrigido, e o escorregamento foi reduzido em 80%. No entanto, se fossem os 6 parafusos a correção poderia chegar a 100%.

A seguir tem um vídeo mais forte, de uma cirurgia de verdade, quem não aguenta ver sangue, é melhor nem assistir. Coloquei-o apenas para se ter uma ideia de quão agressiva foi a cirurgia, justificando assim minhas dores.



Bem, foi isso... Segue meus pontos, aquele mais afastado, no lado direito, foi do dreno:

sexta-feira, 16 de março de 2012

Cirurgia

Cheguei no hospital às 10:00h da manhã, minha refeição do dia foi um copo de suco às 6:00h. Depois de entregue a papelada do plano de saúde e assinar várias outras autorizações, fui encaminhada para o apartamento.

A cirurgia estava marcada para 14:00h, e começou pontualmente, minha barriga já estava roncando alto à essa hora...

Tive que tirar todos os brincos, anéis, piercings, colar, tornozeleira... Fui ao bloco cirúrgico usando apenas uma bata e uma calcinha de algodão (que estava sendo inaugurada).

Após cinco horas e meia na sala de cirurgia, volto para o quarto com 16 pontos nas costas e um dreno. Ah... eu estava SEM CALCINHA! Tiraram ela para colocar uma sonda... absurdo! Ainda bem que eu estou depilada.

Em palavras médicas, eu fui submetida a uma “Artrodese de coluna lombo-sacra (L5 S1) pela via posterior para tratamento de espondilolistese ístimica L5 S1”... Heim?

Bem... Foram necessários 4 parafusos pediculares e 2 hastes longitudinais para corrigir a fratura, e o médico falou que conseguiu reduzir o escorregamento em 80%.

Sinto dores para sentar e enjôo quando fico em pé, mas isso é normal nesse tipo de cirurgia.

Hoje o médico já veio me ver, retirou o dreno e deu mais um ponto (sem anestesia).

A previsão de alta é para amanhã, daí então o repouso será em casa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Entendendo o problema...

Muita gente tá vindo me perguntar como será minha cirurgia...
É o seguinte, a parte da minha coluna que está quebrada fica na lombar (lá perto do cofrinho)...


Devido a essa fratura, a vértebra está escorregando sobre a outra, onde chamam isso de “espondilolistese”.



O que determina a gravidade disso, é o grau do escorregamento, e o meu está em grau III, ou seja a partir de 50% de escorregamento.

O tratamento para esse grau é cirúrgico, onde são colocados alguns parafusos e hastes de sustentação, corrigindo a fratura e trazendo a vértebra para o lugar.


É exatamente o que estarei fazendo amanhã!!!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Causos de uma vida agitada

Descendente de uma família de hipocondríacos, não é de se admirar que eu me preocupe com a saúde, mas como detesto tomar remédios, substituo esse vício familiar por freqüentes visitas à médicos.
Vez ou outra faço àquele check-up. E quando acontece algo estranho, procuro logo um especialista. Digamos que eu utilizo bem meu plano de saúde.
No entanto, em minha ultima consulta médica eu tive uma surpresa. Vou resumir...
A vizinha da minha mãe descobriu recentemente que está com esclerose múltipla, e tudo começou com leves dormências na perna.
Já tive um dormência na perna direita por um tempo, mas passou, e em um dia normal de trabalho eu tive uma “leseira” rápida de uns 20 segundos, onde não conseguia expressar nenhuma palavra ou ler um texto.
Assustada com a doença recém descoberta da vizinha, na qual a conhecemos desde minha infância, procurei um neurologista.
O médico solicitou uma ressonância magnética do encéfalo e um raio-x da coluna. Como meu plano de saúde ainda não cobria tal procedimento, esperei cumprir o prazo de carência para realizá-lo.
Passado o período, fiz os exames e retornei ao médico que me chamou de “sumida”... Ele observou bem a ressonância e me informou que estava tudo perfeito, Não tenho esclerose (ufa!), e a leseira pode ter sido um pico de estresse...
Até aí tudo bem...
Mas o semblante do médico mudou ao ver o raio-x da minha coluna. E me mostrou algo bem intrigante: uma fratura. Isso mesmo, minha coluna está quebrada!
Ele solicitou então uma ressonância magnética e um novo raio-x em três posições da coluna... Também falou na possibilidade de fazer uma cirurgia... Saí do consultório meio que anestesiada com a notícia, mas ainda assim consegui assistir aula.
Na hora de fazer os raios-x, era impressionante a reação dos radiologistas ao olhar para a fratura. Eles perguntavam: como você está andando? Como não está com dores?
É claro que eu sinto dores na coluna, mas sempre imaginei que era devido à postura, ou por dormir com a posição errada... mas nunca achei que tinha a coluna quebrada.
Fui à meu ortopedista (o bonitão que fez a cirurgia no meu pé ano passado), levei os exames em busca de uma segunda opinião... Foi muito bom entrar na sala dele e ouvir: “Oi Alessandra, como está?Pilotando moto ainda?” (ele lembrou de mim... e ainda estava sem aliança... ai.. ai...).
Bem, voltando ao assunto, ele viu o raio-x, e bem tranquilo pegou uma régua, uma caneta, e começou a medir o desvio da vértebra causada pela fratura do osso... Acessou um artigo no computador falando sobre espondilolistese e me mostrou que eu estou com “grau III”, e é necessário SIM fazer uma cirurgia. Ainda me acalmou dizendo que o neurocirurgião que está me atendendo é excelente, e que seria quem ele iria indicar, caso eu não soubesse a quem recorrer.
Sai de lá mais tranquila, apesar de querer ter ouvido que a cirurgia não seria necessária.
Retornei então ao médico (neurocirurgião), ele me informou com riquezas de detalhes o que seria necessário para corrigir o problema, quais os riscos e os benefícios. Marquei a cirurgia.
O plano de saúde já autorizou: próximo dia 15, exatamente as 14:00h, estarei sendo operada.
Isso mesmo, minha coluna irá ganhar alguns parafusos com bloqueadores e hastes e 25 gramas de enxerto ósseo.
Daí em diante vou apitar em todas as portas de banco.
Ah... Agora a parte engraçada:
Perguntei ao médico sobre a cicatrização, pois não quero ficar com queloide (cicatrização saliente e avermelhada), então ele me perguntou se eu já havia feito uma cirurgia com cortes antes, como a do meu pé não houve corte eu respondi: Fiz uma retirada de cisto do seio...
Aí ele disse: Deixe eu ver!
Juro que MORRI de vergonha!!! O médico tem a minha idade, e estava ali olhando para a cicatriz do meu peito e dizendo: Não, você num tem queloide não!!!
Pode imaginar a cena!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dicas para quem quer viajar para os EUA


Oi gente, voltei a trabalhar e não parei... Rsrsrs
Mas é claro que depois de minhas férias fantásticas eu tinha que colocar aqui algumas dicas né? Então vamos lá:
Uma viagem ao Estados Unidos é beeeeem diferente de uma à América do Sul (como a que fiz no ano passado). Começando pelo custo.
Em primeiro lugar é necessário ter passaporte, para isso deve-se fazer a solicitação pela internet, pagar um valor de pouco mais de R$ 150,00 e buscá-lo na Polícia Federal, portando TODOS os documentos solicitados...
Depois de estar com o passaporte, deve ter o visto, que é uma autorização de permanência nos EUA fornecida pelo Consulado Americano. Para isso, deve agendar uma entrevista através da internet, pagando uma taxa de R$ 38,00, preencher um formulário com inúmeras perguntas (inclusive se você é terrorista ou se vai traficar pessoas...) e fazer uma entrevista diretamente no Consulado Americano, que atualmente no Brasil, só tem em Recife, Salvador e São Paulo.
Ah... Ainda tem que pagar uma taxa de U$ 270,00 (dólares) até 24h antes de ser entrevistado, levar um envelope de Sedex no dia da entrevista (que custa em torno de R$ 5,00), e dinheiro para pagar a postagem da devolução do passaporte à sua residência (esse valor varia, eu paguei R$ 13,00).
Depois de passar em média 2 horas na fila do consulado, você é entrevistado. E já sai de lá sabendo se o visto foi aprovado ou não. Caso seja aprovado, ótimo! Pode marcar sua viagem. Caso contrário, repita todos os procedimentos a partir do 5º parágrafo, inclusive pagar todas as taxas novamente.
Vamos voltar a viagem...
O percurso é longo, e a falta de conforto nos aviões faz a viagem ser mais desgastante. Por isso, escolha os vôos com menos escalas e tempo de conexões possíveis (claro que esses, serão mais caros).
Escolha pessoas divertidas para viajar com você, e prefira um grupo pequeno, de no máximo 4 pessoas. Se for viajar sozinho, tenha certeza que sabe falar inglês, pois caso contrário, vai sofrer pacas...
Se tiver poucos dias, planeje bem os percursos. Caso vá à Orlando, passe mais de 5 dias lá. Mas se você não gosta de parques, nem de fazer compras, escolha outro destino.
Se quiser passear e conhecer cultura, escolha as cidades de interior...
Defina bem a época do ano, isso é muito importante! Lá é muito frio no inverno.
Leve bastante dinheiro, evita que você pague IOF de compras internacionais no cartão de crédito. Ah... O câmbio lá é mais barato, então deixe para comprar a maior parte dos dólares lá.
Os cartões Travel Money só são aceitos em algumas lojas, e os caixas eletrônicos destinados a saques geralmente os “engolem” e não devolvem mais, então, como já disse: leve dinheiro.
Se você não tem um calçado confortável, deixe para comprar um bom par de tênis lá, é bem mais barato.
Você pode comprar celulares que ligam ilimitados para o Brasil a partir de U$ 60,00, mas vale mais a pena comprar cartão telefônico internacional, a não ser que você não queira estar procurando telefones públicos...
Fique hospedado em hotéis, são muito baratos!
As tomadas de lá são todas diferentes, se você não tiver um adaptador universal, não vai conseguir carregar o celular ou a bateria da máquina fotografia.
Tudo que você for comprar, tem o preço aumentado na hora do caixa, referente a taxas e impostos. E eles não arredondam o valor como fazemos aqui no Brasil, então fazem questão até por 0,01 cents (lá um centavo tem valor).
Algumas pessoas arriscam alugar carro, sai bem mais barato que táxi e vem todos com GPS, no entanto, como o trânsito é bem diferente (e muito organizado), é bom ser bem atencioso e bom motorista pra isso.
Faça excursões, nelas você conhecerá lugares que com certeza não conheceria sozinho, tudo lá é longe, não dá para sair caminhando.
Bem é isso! Não tive tanto tempo para desfrutar nos EUA, pois passei a maior parte de minhas férias no navio...
Ah... Cruzeiros são ótimos para relaxar, descontrair e esquecer o resto do mundo. São maravilhosos!
Porém, as companhias americanas são luxuosas, mas não combinam com nós, latinos. Escolha navios Italianos caso queira fazer um bom cruzeiro. E tente desfrutar ao máximo de todas as paradas que ele fizer.
Espero que alguma dica sirva...
Bjos