Confesso
que quando decidi viajar para o outro lado do mapa brasileiro, não esperava
encontrar tanta coisa. Gente esse lugar é maravilhoso! Limpo, calmo, bonito e
aconchegante...
Passei
pouco tempo, mas deu para conhecer boa parte dessa Capital tão encantadora.
Fiquei
hospedada no Viver Residence Apart Hotel:
É tipo um Flat, com quarto, sala e cozinha
(equipada com geladeira, microondas, louça...)
Fica
localizado na Vila Ivonete, um pouco distante do centro da cidade, fato que
talvez seja problema para algumas pessoas, pois quase tudo acontece no centro.
Porém, é um local super agradável, de qualidade e com preço acessível.
* Para interessados: Viver Resindence: (68) 3228-0006
No Centro da cidade
eu conheci a Praça Rodrigues Alves,
também conhecida como Praça Plácido de
Castro, rodeada de bancos, pontos comerciais e em frente a prefeitura da
cidade, ela possui uma estátua do Coronel Plácido de Castro.
Na
base do monumento tem um texto escrito: “Teve
a ousadia de confrontar o exercito boliviano e o grande capital internacional
durante a conquista do Acre”
Em frente a praça,
fica localizada a Biblioteca Pública Municipal,
que foi um dos lugares que mais me impressionou. Ela é simplesmente
FANTÁSTICA!!!!!
Dentro dela possui uma grande variedade de
livros, incluindo um acervo acreano, bibliografias, revistas, gibis, computadores,
área para leitura...
E uma parte incrível para crianças, um excelente
incentivo à leitura.
Próximo
a biblioteca, fica a Catedral Nossa
Senhora de Nazaré:
Considerada um dos principais marcos
arquitetônicos da região amazônica, ela é uma obra em estilo romano que foi
construída em 1948. Possui 47 vitrais coloridos e uma abóboda em arco que forma
o altar.
Devido
a região ser muito quente durante o dia, os aparelhos de ar condicionado são
inevitáveis lá, eu contei 20.
Ah!... lá tem vaga de emprego para jovens
homens, alguém se habilita?
Descendo a ladeira da igreja, fica o Palácio Rio Branco. Ele foi construído
em 1930 para abrigar a sede do governo do estado. Em 2008 foi transformado em
um museu, onde são expostos fatos importantes da história do estado desde os
seus primórdios. Na frente do palácio tem uma fonte e um obelisco que foi
erguido em 1937 em homenagem aos heróis da revolução Acreana.
Mais abaixo, seguindo a gravidade, é a Praça Povos da Floresta, que na verdade
é um prolongamento da Praça Eurico Gaspar Dutra (onde estão a fonte e o
Obelisco). Ornamentada com árvores imponentes, existe uma estátua do líder
seringueiro assassinado, Chico Mendes. Ela foi feita à escala natural dele, esculpida
em argila e bronze.
Ainda no centro da cidade, depois de descer a
rua inteira, à margem do Rio Acre, encontra-se o Mercado Velho. Ele
foi construído na década de 1920, sendo uma das principais construções em alvenaria da época. Possui algumas lojinhas de artesanato e bares,
que a noite se torna um ambiente extremamente agradável, com música ao vivo.
Ao
lado do Mercado Velho, fica a Passarela
Joaquim Macedo que liga os dois distritos da cidade passando sobre o rio
Acre. Apenas para pedestres, foi construída com a tecnologia de suspensão por cabos, e tem iluminação
diferenciada, contrastando com as águas do rio Acre. Muito bonita!
Do
outro lado do rio, encontra-se o Calçadão
da Gameleira, com casas coloridas e uma árvore gigante (gameleira) no final
da rua. A árvore de 20m de
altura e 30m de diâmetro virou patrimônio histórico da cidade. Além de grande,
ela ficou famosa por ter agasalhado os primeiros povoadores da cidade, além de
ter sobrevivido duas batalhas da Revolução Acreana que se travaram ao seu redor.
Também
conheci o Parque da Maternidade, com
uma extensão de 6.000m ele corta grande parte da cidade. Possui
quadras de esportes, quiosques, restaurantes, ciclovia e pistas de skate. Eu pude caminhar bastante nele, ia de um
bairro para outro (em baixo de um sol escaldante...).
Nessa
minha caminhada, passei em frente à Biblioteca
da Floresta, infelizmente, por ser um sábado, ela estava fechada.
Num bairro mais distante, o Bosque, eu visitei a Igrejinha de Ferro, por ser o único
marco histórico - religioso da Revolução Acreana, eu fiz questão de ir até ela.


A capela foi idealizada pelo proprietário do
Seringal Bom Destino, Joaquim Victor, para cumprir promessa a Nossa Senhora,
caso Plácido de Castro saísse vitorioso da Revolução Acreana. É feita com
chapas galvanizadas de ¼ de espessura, firmadas por parafusos engraxados, com
duas paredes, sendo a externa escalonada, para evitar o calor da região, o
assoalho, também de ferro, torre, altar e alguns bancos, tudo para não acabar
mais. Todas as peças foram pré-fabricadas na Alemanha e montadas por dois
engenheiros alemães. Atualmente ela se encontra no 4º. Batalhão de Infantaria e
Selva, e está sendo restaurada.
Em meio as minhas andanças, eu entrava em uma loja e
outra... Até Sex Shop encontrei, e
claro que entrei pra ver se encontrava algo diferente, sei lá.... Quem sabe um
índio inflável?... rsrsrs
Não sei se é por ser próxima a zona franca da
Bolívia, mas achei as coisas muito baratas... Principalmente bijouterias! Uma
loja de sapatos também me chamou a atenção pela grande variedade de marcas, e
preços baixíssimos.
Assim como a “casa da cidadania” que temos em
João Pessoa, em Rio Branco existe a OCA, que é um espaço que visa a
acessibilidade dos cidadãos ao serviço público, com uma arquitetura muito
criativa.
Ao final da caminhada, adivinhem!! Uma feira!!!
Lá você encontra de tudo, até coisas do Perú.
Ah... um fato bem intrigante: TODOS os telefones públicos da
cidade são baixos, para utilizarmos, temos que ficar agachados...
Bom... Eu não ia visitar o Acre sem ao menos
conhecer um habitat indígena, então fui à um assentamento indígena localizado
na saída da cidade. É um local no meio de uma pequena floresta com algumas
estalagens onde os índios se abrigam quando necessitam ir à cidade para fazer
cursos ou outras atividades. São de madeiras, cobertos com palha, bem parecido
com suas casas nas aldeias...
Alguém consegue traduzir?
Lá também pude ver pés de cacau, pupunha (aquele
palmito delicioso), carambola, açaí e buriti.
Não tinha
muita atração na cidade porque estava acontecendo justamente nessa semana a
ExpoAcre. E quando ele acontece toda a cidade pára!
É a maior
feira de negócios e entretenimento do Acre. Então fui ver o que era... E
realmente, me surpreendi.
Enfim!
Foi isso.
Uma
viagem fascinante, onde eu não atingi o objetivo que pretendia, mas voltei com
um gostinho de quero mais. E com certeza posso afirmar: é uma terra de pessoas
felizes, educadas, trabalhadoras e honestas, e vale a pena conhecer.