Era...

Conheço muitas pessoas que não conseguem se desligar de um relacionamento que já acabou...

Sempre achei isso muito estranho, pois pra mim “era” tudo tão simples!!! Terminei relacionamentos longos e pouco tempo depois do término, eu já nem sentia mais falta deles.

No entanto, conheço pessoas que não conseguem isso. Um exemplo claro é o da mãe de uma amiga minha, que é divorciada a mais de 20 anos, e ainda sente falta do ex-marido (que já casou 2 vezes depois do divórcio, e está super bem com a nova família hoje...).

Também conheço outros casos, de amigas que vivem em um relacionamento falido há mais de 10 anos, sem respeito, sofrendo, mas não conseguem se separar, as vezes até se separam, mas em pouco tempo voltam e começam a sofrer novamente.

É onde vem a pergunta: O que causa isso?

Se temos plena consciência de que um relacionamento não vai dar certo, que apesar do amor, as divergências de pensamentos causam sofrimento... Porque sentimos vontade de vivê-lo? Porque sentimos saudade?

É porque ainda amamos?

Não, não acho isso. Para amarmos, temos que ter amor próprio, e se não nos amamos, não conseguimos amar outra pessoa... Então como vou querer ter ao lado alguém que me faz sofrer?

Isso tem outro nome: paixão, fixação, doença... Sei lá, só não é amor.

Vejo casamentos que terminam e as pessoas se agridem, prejudicam o outro, se vingam... Já existiu amor aí? É tão contrastante...

Já tive amores que se transformaram em mágoas... Posso dizer que não os amo mais, no entanto, não consigo fazer mal a essas pessoas.

Quando amamos, queremos o bem daquela pessoa, queremos vê-la feliz. Mesmo que não seja conosco. Acredito que podemos amar uma pessoa e viver sem ela.

Ser forçado a viver em um relacionamento desgastante porque ama, faz com que o amor acabe. Como já falei em um post anterior, o amor também pode acabar.

Andei lendo bastante esses dias, temas e assuntos diversos, coisas para tentar entender minhas decisões, e algumas dúvidas por acontecimento recentes...

Uma frase então, me chamou a atenção:

“Considere a dor da perda, como uma ferida que se abriu. Quando você se machuca, dói. Se ficar mexendo naquela ferida da paixão, pensando naquilo, cutucando a ferida, indo atrás da pessoa e falando com ela, vai doer”.

Sou muito criticada por cortar completamente o contato com a pessoa que me envolvi logo depois do término. Alguns me chamam de fria e até duvidam do amor que eu sentia. Mas esse é meu sistema de defesa.

As vezes precisamos de um tempo para fechar a ferida que está dentro de nós. Hoje consigo falar normalmente com as pessoas que tive longos relacionamentos e amei. Não sinto falta deles, nem vontade de voltar. Apenas desejo que sejam felizes.

Quando escrevi “era” no 2º parágrafo desse texto, foi porque não estou mais conseguindo achar tão simples... Talvez pelo contato, talvez pela proximidade, ou simplesmente por não saber de forma exata, qual foi o principal motivo do fim.

De uma coisa eu tenho certeza, cutucar a ferida, mesmo que de vez em quando, pode fazer com que ela nunca se feche, ou aumente.

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Primeiros Erros – Capital Inicial