Apesar de ainda não ter avistado nenhuma égua pela cidade, o nome desse animal não sai da boca dos belenense, é uma gíria muito comum daqui, tipo o nosso "ôxe!?", "pronto!?"... Acho muito legal isso, cada região com seu "linguajar".
Demorei um pouco mais para fazer essa postagem porque eu estava querendo relaxar, descansar, praticar o nadismo, o tão maravilhoso dolce far niente que tanto já falei por essas linhas...
Depois que fiz a última postagem eu recebi muitas mensagens de amigos e parentes perguntando o por quê d'eu estar "trabalhando" na limpeza como se fosse algo indigno... Em primeiro lugar EU NÃO ESTOU TRABALHANDO, estou fazendo serviços voluntários. Em segundo lugar, eu não faço esses serviços porque preciso, eu poderia estar pagando minha estadia sim, mas optei pelo voluntariado porque eu quero viver essa troca de experiências...
E em terceiro e último lugar, trabalho nenhum é indigno, algumas pessoas é que são. Na troca de experiências conhecemos várias pessoas e lugares, conseguimos perceber que nem tod@s pensam e agem como nós, que possuem valores muito diferentes e opiniões também. O bom do voluntariado é isso: trocamos experiências (apesar de que existem alguns anfitriões que ainda não entenderam como funciona essa troca e nos tratam como funcionários, uma pena!).
Enfim! como o serviço aqui foi bem pesado na primeira semana, eu aproveitei os 2 dias de folga para relaxar bastante...
Saí cedinho e fui caminhando até o tão famoso mercado ver-o-peso, que eu esperava encontrar uma grande construção com divisórias por dentro, como é na maioria dos mercados...
Me enganei feio! O prédio que EU ACHAVA que era o mercado, não possui nenhuma venda de comidas típicas dentro dele, mas sim uma exposição de fotografias e artesanatos... Bem interessantes por sinal.
No entanto, o ver-o-peso (inicialmente chamado de casa de haver o peso), é hoje um complexo arquitetônico e paisagístico tombado pelo IPHAN localizado à margem da Baía do Guajará. E esse ponto turístico e cultural tão famoso de Belém não é um único prédio, ele abriga o mercado de ferro, a praça do pescador, a praça do relógio, a doca das embarcações, a feira do açaí, a ladeira do castelo, o solar da beira e uma feira livre (essa sim conhecida hoje como a "feira do ver-o-peso")
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Praça do relógio |
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tendas da feira e torres do mercado de peixe |
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feira vista de cima |
Eu então fui dar uma circulada por todo o lugar... Saí sem tomar café da manhã, pois queria ter a experiência de comer os sabores exóticos de lá.
Entrei no mercado de carnes (bem bonito, feito todo de ferro), no mercado de peixes (cartão postal) e segui para a feira livre...
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mercado de carnes por fora |
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entrada do mercado de carnes |
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mercado de carnes por dentro (todo de ferro) |
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mercado de peixes por dentro |
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mercado de peixes por dentro |
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feira livre |
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feira livre |
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feira livre |
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feira livre |
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feira livre |
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feira livre |
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pequiá |
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castanha do Pará sendo descascada |
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castanha do Pará como sai da árvore |
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castanha do Pará com casca |
Confesso que após alguns minutos de caminhada eu não conseguia ver nada que me abrisse o apetite... É que vi tantos animais presos em gaiolas e tanto lixo no chão... Fora o cheiro forte que atraía os urubus...
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lixo junto as barracas na feira |
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urubus no céu |
Me imaginei naquelas feiras da China que vemos em filme, onde vende morcegos, cobras e baratas... então eu comecei a observar e ver para que lado as pessoas iam comer... Foi quando encontrei o Mingau da Socorro, um lugar bem limpo e com muita gente ao redor...
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observe o que tem escrito no porta guardanapos |
Pedi um mingau de milho que é tipo nosso mungunzá doce. Estava uma delícia!
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Mingau de milho |
O dia estava bem ensolarado e eu consegui visitar quase todos os pontos turísticos do centro histórico em poucas horas (farei depois uma postagem específica com eles).
Como eu queria relaxar, segui para Ilha do Combú. O acesso até lá é em 15 minutos de barco.
Não caminhei pela ilha, nem fui conhecer a mulher do cacau, nem fiz nenhum tipo de turismo. Fui realmente para relaxar! Pedi para me deixar na barraca Matapy, pois as almofadas nos tapetes chamaram minha atenção... E o melhor: banheiro limpo e pia com água e sabonete.
Lá eu realmente pude relaxar, não tinha quase ninguém, a música ambiente tocando Cidade Negra e Djavan estava maravilhosa, comi um delicioso camarão no alho e óleo com farinha na quenga do coco (invenção minha), e bebi algumas caipiroskas... Até cochilei!
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vista da cidade de Belém |
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caipiroska de tangerina |
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camarão no alho e óleo |
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caipiroska de limão |
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Camarão na quenga (inventado por mim) |
Depois chegou uma amiga e ficamos conversando até a hora do último barco.
Olha que história interessante: quando eu estava em Parnaíba (Piauí), eu conheci um viajante chamado Tony, depois que eu disse a ele que viria à Belém, ele falou que ia me passar o contato de uma amiga dele chamada Luiza, que mora em Belém e adora conhecer novas pessoas. Terminou que ele foi embora e esqueceu de me passar o contato dela. Chegando em Belém eu tentei falar com ele mas não consegui. Foi quando o Lucas, que conheci em São Luís (Maranhão) me mandou uma mensagem com o contato de uma amiga dele de Belém para sair comigo e me apresentar cidade. Adivinha quem era? Luiza!
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Luiza e eu |
Ela fez um tour de carro comigo e foi mostrando vários pontos da cidade, depois me levou para comer um cachorro quente típico daqui acompanhado de guaraná Garoto. Também fomos outro dia até a Ilha de Cotijuba.
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Rosário Lanches |
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Cachorro-quente com carne moída, vinagrete e repolho (não vem salsicha) |
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Guaraná Garoto |
A Ilha de Cotijuba possui praias com água doce que faz até ondas. Lá tem uma boa estrutura de Bares e Restaurantes e também é um ótimo lugar para relaxar.
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chegando na Ilha de Cotijuba |
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ruínas da antiga colônia reformatória |
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Praia do vai quem quer |
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Praia do vai quem quer |
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Praia do farol |
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Farol da Praia do farol |
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Praia do farol |
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Ambulancha do SAMU |
Enfim! Estou relaxando, me divertindo e conhecendo bem a cidade. As dores da coluna melhoraram após beber muita água de coco, e a limpeza do Hostel está menos cansativa pois a reforma está no fim e a sujeira "grossa" já foi removida então é só manter. Já fizemos até festinha com direito a petiscos gourmet.
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Petiscos gourmet |
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Rodrigues, Samir, eu, Luiza, Celio e Fernando |
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Camarão com farofa |
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Camarão rosa flambado no azeite |
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Antepasto de berinjela e cebola caramelizada |
Ah... aconteceu outra coisa interessante: em Belém chove todas as tardes, chuva mesmo, verdadeiros dilúvios... Mas lá nas ilhas podíamos ver bem a cidade de Belém e a chuva caindo nela, mas não choveu onde estávamos.
15 comentários:
Baaan, traz uma cachaça com jambú, pra gente comemorar teus quarentão.
Mulheeeeer, e vc acha que a cachaça chega aí? Com o tanto de chão que ainda vou percorrer?! kkkk
Chega sim. Embala bem, coloca numa caixa, enfia na mala e esquece ela lá. Vou te contar um detalhe sobre... vê lá no teu watts.
Que maravilha!!!
Já estava sentindo saudades das suas postagens e fiquei preocupada sim, quando falou das dores na coluna. Graças a Deus que você disse está melhor.
Eu concordo com você quando se trata de trabalho e da dignidade de fazer o que for e sempre bem feito. Te dou a maior força nessa sua peregrinação, pois você realiza um sonho que sempre tive. Viajo com você e curto cada momento, mesmo estando longe.
Rezo sempre pelo êxito de sua viagem e por todas as pessoas que você tem a oportunidade de conhecer. Que Deus abençoe a todos e afaste do seu caminho todos os males.
Fiquei com água na boca quando vi os camarões e o pequi. Que delícia! Em outros tempos pediria pra trazer uma garrafinha da cachaça de jambu, mas pode provar no meu lugar e dizer o que achou.
Te amo muito. Um beijo no coração!
Deus te abençoe!
Que lugar lindoooooo.
vc não tem insta?
Sexta é minha vez! 😉
Égua, Maninha, tá "Di rocha" esse teu Diário😂
Esperando as fotos do Cortejo em homenagem à Josephine Comte, a nossa Lenda urbana qrida.
Um prazer te conhecer, mana. Grata surpresa. Obrigada pelo teu carinho pela nossa cidade, e olhar profissional, por nossa cultura, arte,"pavulagens"...
Vou te esperar no canal do Mestre, Paulo Maués Corrêa, e do Nathan de Moura, o BELÉM DE ARREPIAR, viu? Agora, somos amigas de infância, e VISAJÓLOGAS...KKKKKK
Oi, Alê. Que presente te conhecer, grata coincidência no cemitério Santa Izabel - nós todos visitando o túmulo da visageira e milagreira Josephina Conte. Que blog maravilhoso o seu! Escreves como poucos. Sobre o mercado do Ver o Peso, infelizmente, é cheio de umas sujeitas e urubus mesmo, mas tinha tudo pra ser diferente... Contudo, deixe-me exaltar nosso encontro casual e seu trabalho lindo pelo Brasil. Continue visitando e expondo nosso melhor, o Brasil merece e vc o faz com excelência. Vc é linda! Beijão.
P. S.: amo reticências tbm. Kkkkkk!
Contando os dias...
Não possuo Instagram, só o blog mesmo
Oi Adriano, muito bom ter um seguidor como você por aqui. Vou continuar apresentando nosso país sim, o Brasil é maravilhoso e deve ser apreciado e divulgado. Também tenho muitas coisas maravilhosas sobre Belém pra postar... Me aguarde até o final de minha estadia por aqui... e haja reticências...
Mainha, a cachaça de jambu é maravilhosa. Tome logo a segunda dose da vacina e venha me acompanhar... te amo!
Postagem do cortejo já publicada viu!? Também foi um prazer conhecer todos vocês, estou adorando as histórias de Belém e da Amazônia... Vamos fazer essa live sim! Rsrsrs
Agora já tenho: @alessandra___nogueira
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