quarta-feira, 17 de julho de 2013

O outro lado de “mim”

O TOC, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo, no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade, normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, perfeição ou manias de “rituais” que são incontroláveis ou dificilmente controláveis (Wikipédia – com adaptações).

Eu tenho várias manias e opiniões, seriam TOCs?:

      ·         No ônibus, escolho as cadeiras altas para sentar;
      ·         Arrumo minha mesa do trabalho várias vezes no dia;
      ·         Só tomo banho quente;
      ·         Aperto a pasta de dentes do final, nunca no meio;
      ·         Só uso detergente transparente e amaciante branco;
      ·         Compro veneno que mata aranhas (que por sinal, são muito difíceis de encontrar);
      ·         Adoro cozinhar, mas não cozinho só para mim;
      ·         Gosto da casa cheia de gente, mas prefiro dormir só;
      ·         Aquela dormida “de conchinha” que antes era tão gostosa, hoje me sufoca;
      ·         Não gosto que ninguém olhe pra mim assim que acordo;
      ·         Uso um banheiro para tomar banho e o outro para as demais atividades;
      ·         Tenho um computador em casa apenas para armazenar fotos;
      ·         Revelo fotos e guardo-as em álbuns;
      ·         Tenho um sofá que cabe seis pessoas, mas prefiro sentar no chão para assistir TV;
      ·         Acho que internet e TV por assinatura te isolam do mundo;
      ·         Que o Facebook destrói relacionamentos;
      ·         Que todo mundo é bom até que prove o contrário;
      ·         Que minhas expectativas sempre serão atingidas;
      ·         Que o dinheiro não traz felicidade, mas dívidas deixam as pessoas infelizes;
      ·         Que a vida é feita de escolhas e encantos.

Pois é, eu sou assim! No entanto, sinto que algo está me incomodando, mas ainda não descobri o que é.

No grupo de orações que frequento as segundas, as maiores queixas das pessoas são: Me sinto só... Tenho medo de morrer sozinha... Não tenho emprego... Tenho uma doença grave... Minha família está longe... Meu filho é alcoólatra...

Os problemas das pessoas são fatos que não acontecem comigo. E fico até receosa quando chega minha vez de falar.

Então eu começo a refletir. Ultimamente tenho ocupado meu tempo com coisas que acho totalmente desnecessárias: Filmes em demasia, TOCs, reformas, compras compulsivas e gastos desnecessários... Por incrível que pareça, estou passando por uma fase onde fico a maior parte do tempo planejando em “como gastar dinheiro?”

Comprar um carro? Qual modelo? A cor?
Trocar o apartamento depois de reformá-lo e começar tudo de novo? Morar perto da feirinha como sempre quis?
Fazer uma grande viagem? Conhecer novas cultura e novas línguas?

O pior é que nada disso está me atraindo... Eu nunca fui de planejar, agora tenho que pensar no futuro?

Acho que tenho que voltar a rotina de viver um dia de cada vez, assim volto a sorrir como antes.

***


Geralmente não troco uma boa noite de sexo por conversas de autoajuda, mas foi muito bom conversar (apesar de que não tinha como rolar tesão nenhum com o aparecimento da inconveniente “Angelina Joli das trevas”).

2 comentários:

  1. Usar o Carpe Diem 'raramente' dá errado!

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  2. Pela relação das suas manias... Tem até uma duas ou três que concordo... Você não tem TOC, relaxa. És apenas doidinha!
    Ah... Adoro os três pontinhos também. Notou?

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